Avaliação da influência de comorbidades cardiometabólicas sobre a evolução clínica da covid-19 em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico no Amazonas

Abstract

Objetivo: Avaliar a influência de comorbidades cardiometabólicas sobre a evolução da Doença de Coronavírus de 2019 (COVID-19) nos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) no Amazonas. Métodos: Estudo prospectivo, observacional e descritivo, constituinte do projeto guarda-chuva REUMACOV BRASIL. Avaliou-se as fichas dos pacientes com LES do projeto REUMACOV no Amazonas e coletados dados sociodemográficos, presença de comorbidades e evolução clínica da COVID-19. Resultados: Amostra com 137 pacientes com LES, sendo 76 com COVID-19 (grupo Caso) e 61 saudáveis (grupo Controle). Havia comorbidades em 56,4% do Caso e 43,6% do Controle, as principais foram Hipertensão Arterial e Obesidade. O principal achado laboratorial foi a elevação de marcadores inflamatórios no Caso, especialmente naqueles com doenças associadas. Maiores taxas de hospitalizações, óbitos e limitações pós-COVID-19 ocorreram nos com comorbidades, mesmo sem relevância estatística. Além disso, o período sintomático foi maior nesse grupo. Conclusão: A influência das comorbidades sobre o prognóstico de pacientes com LES e COVID-19 foi pequena, pois embora dados tenham mostrado que esse grupo foi mais suscetível a quadros preocupantes, estatisticamente ele se mostrou semelhante ao grupo sem comorbidades.

Atenção farmacêutica direcionada à pacientes com artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico: levantamento de um perfil farmacoterapêutico

“…O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e a Artrite Reumatoide (AR) são patologias autoimunes pertencentes ao grupo de Doenças Reumáticas Imunomediadas (DRIM) (Franco et al, 2021). Ambas são consideradas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e constituem um problema de saúde pública de grande magnitude, que vêm aumentando ao longo dos anos (Brasil, 2021).…”

“…Fonte: Dados da pesquisa (2022).De acordo comFerreira et al (2020), a obesidade é um fator de risco para as DRIM e está associada principalmente com a AR. A hipertensão é um outro fator comumente associado a essas doenças, eFranco et al (2021) apontam que mais de 42% dos pacientes com LES, também sofrem com a pressão alta. Ademais, outros tipos de DRIM como a fibromialgia são prevalentes em quase 15% dos casos de pessoas com AR e LES(Vieira, 2018), como descrito na Tabela 2, alguns pacientes possuíam até três doenças associadas, e essa mesma situação foi descrita em estudo de caso dos pesquisadoresJorge et al (2017) no qual, o paciente de 56 anos possuía diagnóstico dessas três doenças.Atrelado a isso, também está a depressão, demonstrado em investigaçãode Hassan et al (2021), em que a prevalência da depressão em pacientes com AR, varia de 28% a 44% dos casos, somado aos estudosde Bongomin et al (2021) eZhang et al (2017) que identificaram mais de 70% de pacientes depressivos em uma pesquisa de 48 participantes, afirmando alta prevalência de síndromes depressivas nos pacientes acometidos com LES e AR.…”