Avaliação da exposição aguda ao alumínio e variações do pH na expressão de gonadotropinas em Oreochromis niloticus (Teleostei: Cichlidae)

Abstract

Agradeço, antes de tudo, a Deus por sua presença em minha vida, por minha saúde, pelas pessoas que estiveram e que estão a minha volta, e por me dar oportunidade, vontade e disponibilidade para a realização deste trabalho. À minha orientadora Profa. Dra. Renata Guimarães Moreira por sua dedicação ao trabalho e à formação de seus orientandos, por sua disponibilidade para discussões, por sua praticidade em administrar tarefas, paciência em ensinar, pelo respeito que tem a diferentes qualidades que existe dentro de cada pessoa de seu laboratório e com isso motivar cada uma delas a fazer seu melhor dentro do grupo, pela confiança depositada em mim e pela amizade. Agradeço pelo seu apoio diuturno indispensável para a realização deste trabalho. À Profa. Dra. Lucile Maria Floeter-Winter pelo espaço cedido em seu laboratório para a execução dos experimentos de biologia molecular, pelo apoio material e científico. Sou grata por sua disponibilidade e tempo dedicados às discussões de meu trabalho, pelo conhecimento partilhado, confiança e respeito. Admirável por seu profissionalismo, dedicação à ciência e à formação de pesquisadores. Ao Prof. Dr. Adalto Bianchini por ter dedicado seu tempo para ajudar a resolver problemas metodológicos no experimento ecotoxicológico, por seu conhecimento e experiência que foram essenciais para a adequada realização deste trabalho, obrigada também por disponibilizar seu laboratório para realização das análises de quantificação de alumínio. Ao pesquisador Mario Gustavo Mayer por todo o tempo e paciência despendidos ao meu lado, pela a atenção e interesse por este trabalho e também com minha formação, aprendi a ser melhor no que sou pelas experiências trocadas. Agradeço por seu empenho em me ajudar a resolver problemas experimentais e pelas discussões e conselhos. Pelo tempo determinado para o mestrado e pelos problemas enfrentados nesta pesquisa seria impossível concluí-la sem vocês. Agradeço ao Prof. Dr. André Fernando de Oliveira e a Profa. Dra. Astrea Filomena de Souza Silva pelo apoio nas análises de água de compostos nitrogenados.

Evidências de desregulação endócrina causada pela exposição aquática ao alumínio e ao manganês em Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758)

“…Peixes teleósteos constituem o grupo cujos efeitos de desregulação endócrina estão mais bem documentados, pois se conhecem desde alterações morfológicas (Boudreau et al, 2005); histológicas (Sanchez et al, 2011) a alterações: celulares (Arukwe, 2001), moleculares (Scholz e Mayer, 2008); sobre expressão gênica de gonadotropinas (Narcizo, 2009);enzimáticas (Cheshenko et al, 2008); na circulação de hormônios esteroides plasmáticos (Correia et al, 2010); metabólicos (Vieira et al, 2012) além de efeitos relacionados a vitelogenina (VTG), como por exemplo: na síntese (Jubeaux et al,2012); transporte (Scott et al, 2006); expressão gênica (Puinean e Rotchell, 2006;Biales et al, 2007) e viabilidade dos ovos e gametas (Kime e Nash, 2005). Além destes efeitos, consequências ecológicas também estão descritas (Taylor et al, 1999;Mills e Chichester, 2005;Ankley et al, 2009).…”

“…A redução na FR das fêmeas de Astyanax bimaculatus utilizadas neste estudo causadas pela exposição ao pH ácido e pelo Al em pH ácido corroboram os dados da literatura que reportam a capacidade deste tipo de exposição em reduzir o recrutamento e a viabilidade de oócitos para a desova (Vuorinen et al, 2003;Keinanen et al, 2004 (Correia, 2008;Narcizo, 2009;Correia et al, 2010;Narcizo e Moreira, 2012 …”

Influência do pH ácido, alumínio e manganês na fisiologia reprodutiva em machos de Astyanax bimaculatus (Characiformes: Characidae)

“…Entre os efeitos secundários estão as alterações metabólicas (Brodeur et al, 2001;Vieira et al, 2013) e endócrinas, por exemplo nos esteroides gonadais (Correia et al, 2010). Dentre os efeitos sobre o sistema endócrino, se destacam também respostas fisiológicas ao estresse causado pelo Al em combinação ao pH ácido (Heath, 1995), causando por exemplo, diminuição na expressão de gonadotropinas hipofisárias (Narcizo, 2009) e a diminuição na concentração plasmática de 17α-hidroxiprogesterona (17α-OHP) em fêmeas de Oreochromis niloticus (Correia et al, 2010), o que sugere prejuízos na eficiência reprodutiva, considerando que os progestágenos são importantes hormônios na maturação final dos gametas. Estudos in vitro conduzidos por Narcizo (2014) indicaram que a exposição de fêmeas de O. niloticus ao Al resultaram em alterações em nível celular, inibindo a resposta de células esteroidogênicas ovarianas às gonadotropinas e alteração da expressão gênica de βFSH, βLH, e de forma geral causou uma desestruturação celular na hipófise desses animais.…”