Neste trabalho, propõe-se a avaliação de quatro métodos que possam melhorar a resiliência de redes de alta tensão através da adição de linhas de transmissão, utilizando-se a Teoria das Redes Complexas. Criou-se um modelo da rede brasileira de geração e transmissão de energia elétrica em forma de grafo para testar os métodos. O primeiro deles consiste em ligar pares de vértices que possuam menor grau em toda a rede. O segundo liga os vértices de menor betweenness. O terceiro efetua ligações entre pares de vértices de menor grau que estejam ligados aos vértices de maior carga em toda a rede. O último, faz ligações entre os dois vértices de betweenness mediano. Todos os métodos foram testados com e sem o auxílio do procedimento "min-cut", capaz de identificar as arestas que, ao serem removidas, dividem a rede em duas sub-redes, permitindo assim efetuar ligações que reduzam o risco dessa divisão. Além dos testes no modelo da rede brasileira, utilizaram-se também 1000 redes Scale-Free e 1000 aleatórias para verificar o aumento de eficiência trazidos. Todos os métodos foram capazes de aumentar a eficiência, tanto no modelo da rede real quanto nos modelos artificiais. A estratégia de ligar os vértices de betweenness mediano com auxílio do min-cut trouxe o maior aumento. A resiliência da rede, diante de falhas planejadas e falhas aleatórias, foi aumentada em poucos casos, porém, em nenhum houve redução da mesma. Conclui-se que as estratégias propostas podem ser utilizadas para melhorar a eficiência de redes de alta tensão, mantendo ou aumentando sua resiliência, bem como podem ser usadas para trazer os mesmos atributos para redes complexas em geral.