Avaliação cefalométrica dos resultados do aparelho de protração mandibular (APM) associado ao aparelho fixo em relação às estruturas dentoalveolares e tegumentares em pacientes portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão

Abstract

OBJETIVO: avaliar cefalometricamente as alterações tegumentares e dentoalveolares em jovens brasileiros portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, tratados com APM associado à Ortodontia corretiva fixa. MÉTODOS: a amostra consistiu-se de 28 pacientes (16 do sexo feminino e 12 do sexo masculino), com idade média de 13,06 anos, tratados por um período médio de 14,43 meses. As alterações foram medidas em 56 cefalogramas específicos, obtidos das telerradiografias laterais feitas antes e após o tratamento, por dois examinadores calibrados para identificar as alterações tegumentares e dentoalveolares, utilizando-se grandezas cefalométricas lineares e angulares. As variáveis independentes (sexo, idade, padrão facial, tipo de APM, arco, técnica e tempo de tratamento) foram consideradas e analisadas com as grandezas cefalométricas lineares e angulares. As respostas ao tratamento foram analisadas e comparadas pelos testes Wilcoxon Signed Ranks e Mann-Whitney para um nível de significância de 5%. RESULTADOS: os resultados mostraram mudanças dentoalveolares de grande magnitude, provocando, assim, mudanças favoráveis no tecido mole. Observou-se, ainda, que as variáveis idade, tipo de APM e técnica utilizada influenciaram no tratamento. CONCLUSÕES: o APM mostrou-se uma alternativa eficaz para o tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, propiciando alterações dentoalveolares e tegumentares com resultados clínicos satisfatórios.

Effects of the mandibular protraction appliance FLF on the face: morphometric analysis

“…These alterations were related to the reduction in the value of the nasolabial angle, resulting from the palatal inclination of the maxillary incisors, and to the protrusion of the lower lip, resulting from the mesialization of the mandibular teeth. In agreement with these results, Diógenes et al, 2011) also confirmed that the use of MPA significantly influenced the integumentary profile of patients.…”

“…The continuous advancement of the mandible promotes an adaptation of muscle function within a relatively short period. Compensatory dentoalveolar changes occur, represented by mesial displacement of the mandibular arch, distal displacement of the maxillary arch (Coelho Filho, 2001;Siqueira et al, 2007), some restriction of maxillary growth (Diógenes et al, 2011;Guimarães et al, 2013;Pancherz & Anehus-Pancherz, 1994) and increased mandibular growth (Ardeshna et al, 2019;Cozza et al, 2006;Giuntini et al, 2015;Marsico et al, 2011). Orthodontic changes involve distalization and intrusion of the maxillary molars (Ruf & Pancherz, 1999;Siqueira et al, 2007), uprighting of the maxillary incisors (Diógenes et al, 2011;Jena & Duggal, 2010;Ruf & Pancherz, 1999, 2004Siqueira et al, 2007), buccalization of the mandibular incisors (Coelho Filho, 2001;Diógenes et al, 2011;Furquim et al,2013;Giuntini et al, 2015;Guimarães et al, 2013;Jena & Duggal, 2010;Pontes et al, 2017;Ruf & Pancherz, 1999, 2004Siqueira et al, 2007) and mesialization of the mandibular molars (Furquim et al, 2013;Jena & Duggal, 2010;Pontes et al, 2017;Ruf & Pancherz, 1999, 2004Siqueira et al, 2007).…”

“…Fixed orthopedic devices reduce facial convexity (Diógenes et al, 2011;Pancherz & Anehus-Pancherz, 1994;Pontes et al, 2017;Ruf & Pancherz, 1999, 2004Siqueira et al, 2007) mainly by acting on the nasolabial angle (Furquim et al, 2013;Siqueira et al, 2007) (due to the inclination of the maxillary incisors towards the palatine region) and by the protrusion of the lower lip (Siqueira et al, 2007) (caused by the mesialization of the mandibular teeth), thus providing an improvement in the facial profile (Diógenes et al, 2011). This is a positive factor since the literature describes a preference for straight facial profiles (Almeida et al, 2010).…”