Autores e autoria em periódicos brasileiros de ciência da informação

Abstract

Este artigo discute questões de autoria. Para isto foram analisados, 86 artigos com 1528 referências bibliográficas, publicados no ano de 2001 em quatro periódicos brasileiros da área de Ciência da Informação. A análise considerou várias características dos autores como: titulação, função desempenhada, autoria individual e em parceria, língua de publicação dos textos, contribuição dos autores por sexo e nacionalidade e autocitação de suas publicações. Os dados mostram que a produção acadêmica continua sendo mais significativa entre os docentes; que as parcerias se fazem dentro das próprias instituições; que há uma tendência para a produção do sexo masculino ser mais significativa; que os autores quando se autocitam privilegiam apresentações em eventos e artigos, sendo os outros formatos menos citados. No entanto, as fontes preferenciais que dão suporte a literatura publicada nos artigos são os livros, artigos de periódicos e textos eletrônicos e a literatura listada é recente. Os dados também indicam que a ciência da informação continua com pouca interação com outras áreas do saber dificultando a interdisciplinaridade. PALAVRAS-CHAVE: Autoria-Ciência da Informação. Autocitação-periódicos científicos-Ciência da Informação. Autoria e parceria-periódicos científicos.

Percurso histórico-epistemológico dos estudos de citação no Brasil

“…O segundo momento do período embrionário é marcado pela retomada da produção e da diversificação de objetos analisados (dissertações, obras literárias, planos de disciplinas). As disciplinas da Biblioteconomia e da Ciência da Informação foram as mais privilegiadas nesse momento dos estudos de citação (RODRIGUES, 1982;FORESTI, 1990;OBERHOFER, 1991;PITTELLA, 1991;OLIVEIRA, 1992;SILVEIRA;BATTISTOTTI, 1996;FREITAS, 1997;BOHN, 2003), com ênfase nos aspectos de distribuição e uso da literatura referenciada em artigos de periódicos, planos de disciplinas e dissertações de mestrado. Desse grupo, destaca-se o trabalho de Oliveira TransInformação,Campinas,29(1):39-55, jan./abr., 2017 https://doi.org/10.1590/2318-08892017000100005 (1992) pela proposição e validação de um modelo para verificação da obsolescência de documentos referenciados.…”

“…Ao mesmo tempo que gozam de prestígio no universo da ciência por oferecerem indicadores de produção, colaboração e relação do fazer científico, os estudos de citação também são questionados negativamente, na medida em que representam um quadro parcial da realidade (GLANZEL, 2003). As críticas sempre pontuam a orientação quantitativa e superficial que os trabalhos imprimem em sua concepção e apresentação, em detrimento de análises mais aprofundadas e qualitativas (BORNMANN;DANIEL, 2008;ERIKSON;ERLANDSON, 2014).…”

“…Fundamenta o enfoque normativo a ideia de que a ciência é uma instituição normativa, governada pelo reconhecimento de dívidas intelectuais e sanções internas promovidas pelas citações e referências, com base nos preceitos mertonianos (NICOLAISEN, 2007). Já o enfoque construtivista reconhece que o ato de citar é resultante de mudanças cognitivas e envolvido por aspectos complexos e multivariados que influenciam as razões dos cientistas em suas citações (BORNMANN;DA-NIEL, 2008;ERIKSON;ERLANDSON, 2014). Por fim, a base do enfoque sociocultural está no efeito das citações e nas consequências decorrentes dos contextos culturais das comunidades científicas, em especial as filiações teóricas e mercantis da produção de conhecimento (DAVIS, 2009;ERIKSON;ERLANDSON, 2014).…”

Percurso histórico-epistemológico dos estudos de citação no Brasil

“…As disciplinas da Biblioteconomia e da Ciência da Informação foram as mais privilegiadas nesse momento dos estudos de citação (RODRIGUES, 1982;FORESTI, 1990;OBERHOFER, 1991;PITTELLA, 1991;OLIVEIRA, 1992;SILVEIRA;BATTISTOTTI, 1996;FREITAS, 1997;BOHN, 2003), com ênfase nos aspectos de distribuição e uso da literatura referenciada em artigos de periódicos, planos de disciplinas e dissertações de mestrado. Desse grupo, destaca-se o trabalho de Oliveira DORÉA et al,1994), Medicina Tropical (GOMES; SANTOS, 2001), Psicologia (WITTER et al, 1989) e Saúde Pública (NORONHA, 1989;1998).…”

“…Ao mesmo tempo que gozam de prestígio no universo da ciência por oferecerem indicadores de produção, colaboração e relação do fazer científico, os estudos de citação também são questionados negativamente, na medida em que representam um quadro parcial da realidade (GLANZEL, 2003). As críticas sempre pontuam a orientação quantitativa e superficial que os trabalhos imprimem em sua concepção e apresentação, em detrimento de análises mais aprofundadas e qualitativas (BORNMANN; DANIEL, 2008;ERIKSON;ERLANDSON, 2014).…”