Automedicação de psicofármacos entre estudantes universitários de odontologia e medicina

Abstract

A vida acadêmica dos estudantes universitários exige dedicação e horas de estudos, de forma que muitos jovens para suportar o estresse e cansaço utilizam psicofármacos visando minimizar essas sensações. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o uso de psicofármacos entre estudantes de medicina e odontologia. Trata-se de estudo descritivo, observacional, analítico e transversal, com 1.111 estudantes de duas instituições de ensino superior, regularmente matriculados nos cursos de medicina e odontologia, com idade igual ou superior a 18 anos. Foi aplicado um questionário estruturado com questões objetivas. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS 22, e o nível de significância estabelecido como p < 0,05. O uso de psicofármacos ao longo da vida foi informado por 36,7%, enquanto 14,7% fez uso no último mês. A frequência de uso de psicofármacos é maior em situações de estresse, perda familiar ou submissão a cirurgias pelos estudantes. 37,2% afirmaram que obtiveram os medicamentos sem prescrição médica. As classes farmacológicas mais utilizadas foram ansiolíticos, antidepressivos e psicoestimulantes. Estes últimos foram mais consumidos por estudantes de medicina (p<0,05; OR: 2,12). Entre os fatores precipitantes para início do uso estão a demanda do curso (41,6%), outros fatores (33,7%) e problemas familiares (29,1%). 90,8% afirmaram ter consciência dos riscos quanto ao uso. O estudo verificou alta prevalência de uso não prescrito de psicofármacos entre os estudantes. Diante das necessidades encontradas, faz-se necessária a busca por estratégias de orientação e prevenção pelas universidades.

Ciências da Saúde: desafios e potencialidades em pesquisa - Volume 2

“…Entretanto, Araújo et al (2021) observaram que os acadêmicos de universidades pública e privada de Maceió (AL) do sexo masculino apresentaram duas vezes mais chances de declarar o uso de drogas psicotrópicas quando comparados aos estudantes do sexo feminino (OR= 2,29; IC: 95% 1,41-3,72).…”

“…As substâncias psicotrópicas classificam-se em: depressoras da atividade do siste- , OSGOOD, 2014, REICHERT et al, 2018, DE LUNA et al, 2018, KUN, 2019VANDERLEI, 2021).…”

“…Enquanto isso, 6,7% faziam uso de ansiolíticos em geral, sendo o zolpidem o mais citado (3.7%). E entre os fitoterápicos foram citados Soñax Forte® (2.2%), Quietud® (1.4%), florais de Bach (2.7%) e Nux Vomica® (1.0%) Araújo et al (2021),. com o objetivo de analisar o uso de psicotrópicos em estudantes de cursos de medicina e odontologia de universidades pública e privada de Maceió (AL), identificaram a classe dos ansiolíticos como sendo a mais utilizada (42,7%), seguida pelos antidepressivos (32,3%) e estimulantes do SNC (20,1%).Em um estudo realizado na escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, com uma amostra constituída por 272 estudantes, na faixa etária de 14 a 23 anos de idade,103Ciências da Saúde: desafios e potencialidades em pesquisa -ISBN 978-65-5360-281-6 -Vol.…”

Automedicação Com Psicotrópicos: Riscos E Práticas Exercidas Pela População De Estudantes

“…Entre os principais motivos que levam os estudantes a se automedicarem com substâncias psicotrópicas estão estresse, pressão, cobranças, isolamento, solidão, depressão e também problemas relacionados com memória, atenção, autoestima, vigília, inteligência, recreação, entre outros (HILDT;FRANKE, 2013, OSGOOD, 2014, REICHERT et al, 2018, DE LUNA et al, 2018, KUN, 2019RIBEIRO;VANDERLEI, 2021).…”

“…Em síntese, 11,2% dos entrevistados relataram uso de antidepressivos, dentre eles, o mais utilizado a fluoxetina (5.1%). Enquanto isso, Em um estudo realizado na escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará, com uma amostra constituída por 272 estudantes, na faixa etária de 14 a 23 anos de idade, também foi observada Entretanto,Araújo et al (2021) observaram que os acadêmicos de universidades pública e privada de Maceió (AL) do sexo masculino apresentaram duas vezes mais chances de declarar o uso de drogas psicotrópicas quando comparados aos estudantes do sexo feminino (OR= 2,29; IC: 95% 1,41-3,72).…”