“…A revisão dessa literatura (ALVES, 1988;BIERREN-BACH, 1987;BROIDE, 1984;DI LORETTO, 1983;FAUSER, GEROLAMO & MARAZINA, 1989;GOMIDE, 1988;GUIRADO, 1980;GUIRADO, 1989;LEITE, 1988), permite destacar, primeiramente, aspectos da dinâmica dos atendimentos com os quais dizia-se necessário romper, num intuito de qualificar a ação: a. O distanciamento patente dos técnicos, nos moldes dos atendimentos tradicionais, da realidade cotidiana da instituição, fazendo alusão à "crise da Vigési-ma Terceira Hora" numa comparação simbólica entre a "uma hora de terapia e as outras vinte e três de vida 'normal'", nos pátios de uma instituição, questionando o beneficio psicológico prestado à clientela na maior parte do tempo em que a mesma fica sob a guarda da instituição; b.A ausência de metas a serem alcançadas pelo atendimento dispensado; c. A confusão metodológica e falta de embasamento dos trabalhadores em geral; d.A ausência de atividades programadas; e. A superficialidade das poucas atividades propostas, caracterizando-se por terem um fim em si mesmas e servirem mais para efeito da imagem externa da instituição; f. A desconsideração da dimensão educativa inerente às atividades de rotina como o despertar, as refeições, as visitas, etc. ; g.A ênfase em atividades de profissionalização, sem a prévia adaptação às potencialidades da clientela e sem conexão com o verdadeiro mercado de trabalho; h.A constante atribuição do fracasso institucional à falta de recursos materiais ("ao sonho irrealizado do computador") e, paradoxalmente, às dificuldades da própria clientela.…”