Autocuidado autorreferido: contribuições da Medicina Clássica Chinesa para a Atenção Primária à Saúde

Abstract

As recomendações biomédicas para o autocuidado tendem a prescrições comportamentais preventivistas (heterorreferidas). A introdução de lógicas não biomédicas no Sistema Único de Saúde (SUS), como a Medicina Chinesa, não tem sido suficiente para mudar a perspectiva do autocuidado na Atenção Primária à Saúde (APS). Frente à redução do autocuidado da Medicina Chinesa na sua diáspora para o Ocidente, discute-se o potencial de enriquecimento do autocuidado a partir da totalidade de práticas da Medicina Clássica Chinesa e sua possibilidade de contribuir para os objetivos da APS. Este ensaio é baseado em três fontes: entrevistas com acupunturistas da APS, autoetnografia e análise da literatura. Conclui-se que a Medicina Clássica Chinesa fomenta o autoconhecimento, autopercepção e aprendizado (autorreferidos) pelas suas técnicas e ou sua abordagem, podendo ser um potencializador das ações de fomento ao autocuidado na APS.

Saberes de idosos moradores do meio rural sobre o envelhecimento saudável e ativo

“…Esse saber conduz os idosos ao exercício de um cuidado autorreferido, que ocorre por meio da disseminação do aprendizado, testagem e aperfeiçoamento das práticas, saberes e crenças das pessoas que fazem parte da sua vida. Baseando assim, na experimentação pessoal de saberes disponíveis por meio de experiências anteriores (Contatore;Tesser;Barros, 2021).…”