“…Organizações e indivíduos -sem terem sido eleitos ou indicados, sem terem participado de fóruns deliberativos com os próprios interessados -reivindicam representar interesses e anseios e agir em nome de mulheres, grupos étnicos, grupos com deficiência, gays e lésbicas, pobres, animais, em prol do meio ambiente. Diversos autores defendem que o que se representa, neste caso, são "perspectivas", 1 discursos ou anseios e não pessoas, como ocorre convencionalmente mediante atos de autorização pela via eleitoral, por delegação ou por representação baseada na confiança (Philips, 1995;Young, 2000;Dryzek e Niemeyer, 2008;Saward, 2006Saward, , 2009Saward, , 2010Bohman, 2007a). Porta-vozes de coletividades, grupos de advocacy ou empreendedores morais têm afi nidade ou se identificam com a situação vivida por aqueles sujeitos e reivindicam (Saward, 2006) 2 a representação de seus interesses.…”