Introdução: Diante da pandemia da COVID-19, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi identificada como uma das doenças crônicas que representam alto risco para desenvolver a forma grave da doença e como um dos maiores desafios para o acompanhamento na Atenção Primária. A falta e/ou a redução das consultas pela necessidade de minimizar os riscos de contágios pela COVID-19 e potenciais complicações que podem causar nessa população, torna-se também um problema na intervenção do cuidado, tratamento e qualidade de vida. Objetivo: Compreender a percepção de cuidar de si da pessoa com HAS frente à pandemia da COVID -19. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo realizado na Estratégia de Saúde da Família (ESF) na cidade de Barrocas, Ba. Os participantes do estudo foram 06 pessoas com HAS que frequentam as ESF e que são cadastrados no programa Hiperdia. A técnica e instrumento de coleta de dados foram, respectivamente, a entrevista semiestruturada e o roteiro de caracterização, com dados analisados pelo método de Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: foram discutidas a qualidade de vida e a percepção do cuidar de si e a interferência da pandemia sobre esse cuidado. Considerações finais: Foi possível compreender que o cuidar de si da pessoa com HAS sofreu interferência da pandemia pela necessidade em enfrentar mudanças no estilo de vida através do isolamento social e sofrer interrupções no cuidado continuado na atenção primária e evidenciam a importância do acompanhamento integral dos indivíduos na APS para a promoção do cuidar de si.