Atuação do enfermeiro frente à criança e ao adolescente com câncer: limites e possibilidades

Abstract

Objetivo: analisar limites e possibilidades de atuação do enfermeiro na prestação da assistência à criança e ao adolescente com câncer. Metodologia: pesquisa qualitativa. Participaram 30 enfermeiros, a partir de entrevistas, seguindo roteiro semiestruturado, cujos dados foram processados no software IRAMUTEQ. Resultados: como possibilidade de atuação do enfermeiro na oncologia pediátrica verificou-se: a participação da família e da equipe multiprofissional no enfrentamento da doença da criança e do adolescente, e como limites: a falta de habilidades técnicas, de instrução familiar frente ao diagnóstico e do apoio psicológico institucional frente a morte. Conclusão: analisar limites e possibilidades da atuação do enfermeiro oncologista, se faz necessária, não apenas visando uma assistência de qualidade, mas por contribuir para uma visão ampliada, a partir do profissional, dando voz às suas emoções e sentimentos envolvidos na assistência oncológica.

A importância da assistência de enfermagem à criança oncológica

“…Oliveira et al, (2019), relatam que o uso da SAE é crucial para prestação de uma assistência de enfermagem segura, pois proporciona que o enfermeiro tenha recursos técnicos, científicos e humanos, melhorando assim a qualidade da assistência prestada ao paciente, reconhecendo e valorizando a enfermagem frente à sociedade. Silva et al, (2021), remetem que a assistência de enfermagem a criança oncológica, valoriza a criança de uma maneira integral e humana ressaltando sempre a escuta, conversas, atenção e companheirismo. Empenhando-se sempre na melhora da qualidade de vida, a fim de que o local de internação seja mais confortável e acolhedor.…”

“…as necessidades do paciente, garantindo assim uma prescrição de cuidados adequada a cada patologia. Silva, et al, (2021), retratam o Câncer como uma proliferação de células anormais descontroladas que invadem os tecidos e os órgãos, se espalhando em diversas partes do corpo, ocasionando as metástases.…”

“…Natarelli et al, (2020) referem que o câncer infantil é o nome que se dar a um conjunto de células anormais com a proliferação descontrolada, geralmente são de natureza embrionária e é constituída de células diferentes, e afeta na maioria dos casos as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Silva et al, (2021), relatam que câncer infanto-juvenil, é caracterizado como uma doença rara, que corresponde entre 1 e 3% de todos os tumores malignos em grande parte da população brasileira; com isso, no Brasil é visto como a segunda principal causa de morte infanto-juvenil na faixa etária de 0 a 19 anos, perdendo apenas para os óbitos por causas externas, enquanto isso, mundialmente o câncer infantil representa a primeira causa de terminalidade em crianças e adolescentes acima de 1 ano. Dias et al, (2022), referem que é por meio de uma assistência permeada de estratégias que busquem promover o conforto da criança diante do adoecimento, proporcionando alívio da dor e conforto por meio da palavra, do contato físico e do apoio psicológico.…”

Cuidado de enfermagem em oncologia pediátrica: um olhar sobre o ser criança em tratamento oncológico

“…O cenário da oncologia pediátrica apresenta grandes desafios no que diz respeito ao enfrentamento do problema de forma integral; dentre estes desafios os principais deles são a grande jornada de trabalho, dificuldades impostas pela área física e impossibilidades financeiras, tendo como consequência a comunicação deficiente e a inibição do profissional de enfermagem a proporcionar um melhor e mais completo atendimento 24 .…”