Ativos e aportes do cooperativismo ao desenvolvimento regional: um olhar regional, do local para o global.

Abstract

Este estudo versa sobre o cooperativismo e seus impactos no desenvolvimento, tomando por base uma região. O objetivo desse estudo é o de mapear ativos e aportes positivos no processo de desenvolvimento da região Missões-Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Em termos de metodologia, a pesquisa caracteriza-se como estudo de caso, qualitativa, documental e de campo, de natureza exploratória e descritiva (STUMPF, 2005). As fontes abrangem documentos, publicações, entrevistas, observação direta e pesquisa participante. O estudo reconhece as desigualdades inter e intrarregionais, destacando a região Missões-Noroeste, e o cooperativismo ao longo da evolução tem jogado papel importante no processo de desenvolvimento da região. O estudo confirma que as prioridades e ações das cooperativas, com limitadas práticas de intercooperação e de agregação de valor as cadeias produtivas, poderiam ser significativamente maiores. Apesar de algumas limitações e dificuldades, as cooperativas vem cumprindo com os fundamentos da sua própria natureza que é o de contribuir com a dinâmica e no processo de desenvolvimento econômico e social da região.

Gestão Humanizada E Liderança: O Papel Da Inteligência Emocional

“…A presença da organização cooperativa, em primeiro e segundo grau, garante uma estabilidade e segurança de mercado, balizadora de preços e gera aportes importantes ao desenvolvimento regional (BÜTTENBENDER et al, 2020).…”

Planejamento estratégico participativo em cooperativa recém formada de agricultores familiares: o caso da Cooperativa dos Agricultores Familiares Guamaenses (COAFAG)

“…O desenvolvimento de práticas e habilidades de autogestão participativa focada no planejamento estratégico podem auxiliar as organizações produtivas e comerciais de agricultores familiares a enfrentarem dificuldades impostas pelo mercado e setor produtivo rural (BUTTENBENDER et al, 2020). O acesso ao mercado de forma competitiva com produtos gerados eficientemente do ponto de vista técnico, econômico e com qualidade adequada aos padrões de consumo exige uma organização administrativa por parte dos agricultores familiares que deve ser pautada na barganha de insumos e serviços necessários ao processo produtivo (ERNAZAROV, 2019).…”

“…A autogestão com planejamento participativo em cooperativas da agricultura familiar possibilita a integração de projetos isolados em um plano único com visão de futuro, tornando clara a razão de ser da cooperativa, e contribui para a construção de uma identidade participativa, sendo uma ferramenta eficaz na aproximação dos cooperados, fundamental para o crescimento e desenvolvimento sólido da entidade (BUTTENBENDER et al, 2020;SPAREMBERGER et al, 2020). Diferente do planejamento estratégico tradicional, que possui como primeira premissa aumentar o lucro e competir, o participativo contribui para construção da realidade social cultivando nos cooperados à responsabilidade, comprometimento, princípios democráticos e de descentralização de poder com igualdade de voz e vez (ZAKHOUR, 2020).…”