Atividades investigativas: a formação de professores no contexto da EJA

Abstract

Resumo: o presente artigo relata uma experiência desenvolvida no âmbito das atividades de estágio em uma escola estadual pública, no interior de São Paulo. A partir das vivências no contexto da EJA, foram realizadas atividades de caráter investigativo para o ensino de Química por um grupo de estagiários que evidenciou a necessidade de planejar, desenvolver e avaliar atividades que proporcionassem a participação efetiva dos alunos, desde a oralidade e a escrita, explicitando suas expectativas e trajetórias, até o envolvimento nas discussões, reflexões, levantamento de hipóteses e organização de trabalho em grupo. As atividades desenvolvidas compreenderam técnicas da Química Forense e a realização de experimentos de caráter investigativo e contextualizado, direcionadas para as condições e realidade das turmas de EJA acompanhadas durante o ano de 2017. A atividade possibilitou o envolvimento de toda comunidade escolar, estudantes, professores, equipe de gestão escolar e estagiários, futuros professores de química, em um processo reflexivo sobre a formação e profissão docente.Palavras-chave: educação de jovens e adultos. Química. Atividades investigativas. Química forense.Abstract: this article reports an experience developed in the scope of the internship activities in a public state school, in the countryside of São Paulo. From the experiences in the context of the EJA, research activities were carried out for the teaching of Chemistry by a group of trainees who showed the need to plan, develop and evaluate activities that would provide effective oral and written participation of the students; this participation would include explaining their expectations and trajectories, involvement in the discussions, reflections, hypothesis gathering and group work organization in the space of Chemistry classes. The activity provided a teaching proposal based on techniques of Forensic Chemistry and conducting experiments of an investigative and contextualized character, directed to the conditions and reality of the classes of EJA accompanied during the year of 2017. The activity made possible the involvement of all the school community, students, teachers, school management team and trainees, future chemistry teachers, in a reflective process on teacher training and profession.

Abordagem Do Tema Química Forense E Suas Contribuições Para O Processo De Alfabetização Científica

“…Parte representativa dos participantes foram licenciandos, o que explica outra característica da oficina destacada nas respostas aos questionários (20%), referente à possibilidade de reproduzi-la facilmente no contexto escolar, pois aborda conteúdos escolares de Química, os procedimentos podem ser realizados por estudantes de diversos níveis de ensino e os materiais utilizados possuem baixo custo e são de fácil acesso. De fato, a oficina foi adaptada para o contexto escolar por alguns licenciandos durante as atividades de regência no estágio supervisionado do curso de Licenciatura em Química (KEMCZINSKI, et al, 2018), e, também, no contexto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Isso revela a contribuição de atividades de extensão dessa natureza, que abrangem ensino e pesquisa, nos cursos de…”

O ensino de ciências por investigação no ensino fundamental: possibilidades e desafios com estudantes surdos

“…Além disso, outra crítica que pode ser atribuída ao Ensino de Ciências por Investigação Ao implementar atividades investigativas, não se pode também esquecer dos desafios ligados às condições de trabalho docente, tais como: as deficientes condições de trabalho do docente, que nem sempre favorecem um bom planejamento (BINATTO et al, 2015); a necessidade de maior tempo de aula, em função da possibilidade de as AIs requererem um tempo maior do que o disponível (CLEMENT; TERRAZZAN, 2012); pouco tempo de aula disponível para discussão, que pode ocasionar numa discussão superficial do conteúdo (KEMCZINSKI et al, 2017); desafio em adequar a atividade investigativa à rotina da sala (GOUW; FRANZOLIN; FEJES, 2013) e dificuldade em formar grupos com menos alunos, devido a limitações com o espaço físico (KEMCZINSKI et al, 2017).…”

“…Entretanto, além dos desafios da implementação, não se pode ignorar as possibilidades que a literatura já mostrou a partir da aplicação dessa abordagem didática na Educação Básica. TRÓPIA, 2015); na melhora da motivação discente no ensino de Ciências (BINATTO et al, 2015;BOSSLER et al, 2009;FRANZOLIN;FEJES, 2013;KEMCZINSKI et al, 2017;SASSERON;SILVA, 2017;SUART;MARCONDES, 2009;LABURÚ, 2012), entre outros.…”