A atividade colinesterásica f o i determ inada no plasm a e em eritrócitos de 10 indivíduos normais e em 2 6 pacientes chagásicos crônicos, sendo 6 com insuficiência cardíaca congestiva compensada, 10 com cardiopatia sem insuficiência cardíaca congestiva e 10 com a form a indeterminada. Os valores enzim áticos encontrados foram (média ± s d ) : 2196 ± 442 U I/L no plasm a e 19,4 ± 3,3 U l/g H b em eritrócitos do grupo controla; 2291 ± 3 1 7 U I/L no plasm a e 19,2 ± 3 ,7 U l/g Hb em eritrócitos dos chagásicos com insuficiência cardíaca congestiva compensada; 2445 ± 3 5 7 U I/L no plasm a e 18,3 + 3,0 U l/g H b em eritrócitos dos cardiopatas chagásicos sem insuficiência cardíaca congestiva; 2006 ± 3 2 7 U I/L no plasm a e 17,8 ± 3,1 U l/g Hb em eritrócitos de chagásicos com a form a indeterminada.N ossos dados mostram que o comprometimento neuronal que ocorre nos cardiopatas chagásicos crônicos não é suficiente para levar a alterações significativas (p > 0,05) das atividades colinesterásicas no plasm a e em eritrócitos.
Palavras chaves: Atividade colinesterásica. Doença de Chagas. Cardiopatia chagásica. Forma indeterminada.A atividade colinesterásica, tanto no plasma (E.C. 3.1.1.8.) como em eritrócitos (E.C. 3.1.1.7.), tem sido utilizada como parâmetro para se determinar o grau de exposição a inseticidas organofosforados 5, assim como no auxilio diagnóstico da doença de Hirschsprung 3 4.A determinação da colinesterase no plasma tem servido ainda como indicador da capacidade de síntese da célula hepática. A atividade colinesterásica diminuída foi encontrada em hepatite aguda e cirrose hepática, ou seja, naquelas condições onde a síntese hepática de proteínas e em particular da albumina está comprometida 5 1113 14.Hial e cols 8 mostraram significativa redução na atividade colinesterásica no plasma e em eritrócitos de indivíduos com megacolo chagásico, estando em con cordância com os achados de comprometimento cau sado pelo Trypanosoma cruzi, da inervação intrínseca do colo, expresso pela lesão neuronal1 9 15, e das células de Schwann15. N a forma crônica cardíaca da doença de Chagas não existe uma precisa correlação entre o grau de desnervação e a forma de expressão clínica da cardio patia 1291215) sugerindo que esta desnervação car díaca não é o único fator responsável pela progressiva deterioração contrátil do coração até a insuficiência cardíaca congestiva e que a miocardite crônica deve exercer importante papel na fisiopatologia desta doença1 2.Assim sendo, a exemplo do que foi feito para o megacolo chagásico8, resolvemos verificar o com portamento da atividade colinesterásica eritrocitária e plasmática de pacientes com as formas crônicas cardíaca e indeterminada da doença de Chagas.
M ATERIAL E M ÉTODOSForam estudados 10 indivíduos clinicamente normais e com reações de Guerreiro-Machado e imunofluorescência indireta para Trypanosoma cruzi negativas.Os pacientes chagásicos, em número de 26, todos com sorologia positiva para a doença, foram distribuídos em 3 grupos, segundo dados clínicos, radiológicos e eletroc...