A prática médica, atualmente, é pautada, majoritariamente, em ciência e tecnologia, pesquisas científicas e descobertas. Quando se fala em humanização, principalmente durante a graduação, o estudante acaba se distanciando, preferindo o aperfeiçoamento em disciplinas que visam, apenas, conteúdos de formação prática. Nesse caminho, este artigo objetivou evidenciar o conceito sobre assistência humanizada na prática médica descrito na literatura nacional e internacional. Realizou-se uma revisão integrativa em três bases de dados, com os descritores “Humanization of Assistance”, “Student Medical” e “Medicine”, perfazendo uma amostra final de 13 artigos. O conceito de humanização está relacionando a aspectos biopsicossociais e é fundamental para a construção de uma prática clínica eficaz. O exercício da humanização durante o curso de Medicina é dificilmente visto ao longo da formação acadêmica como essencialmente deveria ser vivenciado através das disciplinas obrigatórias. Além disso, disciplinas voltadas para o desenvolvimento de uma reflexão acerca do indivíduo em sua totalidade de ser é o grande desafio em um século caracterizado por grandes descobertas e elevado desenvolvimento tecnológico. A produção científica demonstra que disciplinas voltadas para a temática da Humanização são consideradas menos relevantes para os estudantes de Medicina, apesar das evidências de seus benefícios para uma formação mais sensível e completa. A formação médica necessita de estratégias que possam vincular a área de humanidades às áreas biológicas. Grande é o desafio em resgatar o conceito de humanização do cuidado diante de um cenário caracterizado por tecnologia e protocolos que visam o processo saúde-doença, distanciando-se do humano, o que verdadeiramente importa.