Atendimento odontológico aos pacientes com transtorno do espectro autista (TEA): manejamento, abordagens comportamentais e diretrizes

Abstract

O transtorno do espectro autista (TEA) corresponde a alteração de comportamentos do indivíduo caracterizado pela ausência de interações sociais, comportamentais e motoras cercado pelo grau do diagnóstico. Nesse cenário é preciso saber o manejo correto do paciente para que o atendimento seja realizado com eficácia. Nosso objetivo é relatar um caso clínico de paciente com TEA apresentando as principais técnicas de manejo comportamental que podem ser utilizadas pelo cirurgião-dentista (CD) durante o atendimento afim de condicionar resultados de qualidade com base no comportamento do paciente. O artigo se baseou no relato de caso clínico de um paciente com TEA atendido na clínica da Universidade Brasil de São Paulo. Foram utilizados artigos científicos e trabalhos acadêmicos, pesquisados no período de 2019 a 2022, encontrados a partir das bases de dados: Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medline e Pubmed. O atendimento do paciente portador do TEA possui dificuldades que são enfrentadas de acordo com a individualidade e nível de espectro de cada paciente, porém se, o CD obter conhecimentos teóricos/técnicos, é possível um tratamento eficaz e com qualidade através do comportamento de cada paciente; Deve atender de forma responsável e avaliar cada caso individualmente, além do uso de materiais adaptados para cada paciente individualmente, e atividades precisamente organizadas e programadas para dar previsibilidade e diminuir a ansiedade da pessoa com TEA. Já que a má adaptação dos conhecimentos técnicos aplicados à um paciente autista dentro de um consultório odontológico pode lhe causar danos tanto para a saúde bucal e mental.

Técnicas de manejo comportamental não convencionais em crianças

“…O sucesso nos tratamentos odontológicos, principalmente pediátricos e o conforto do paciente dependem do controle do nível de ansiedade e estresse de cada paciente em ambientes clínicos (Abbasi et al, 2021). A falta desse controle leva a um problema de gestão de comportamento para o dentista, que pode gerar uma barreira para o sucesso do tratamento (Ashley et al, 2018;Rodrigues et al, 2023).…”