Atendimento aos pacientes infartados nas instituições de saúde

Abstract

Objetivo: revisar a produção bibliográfica sobre o atendimento do paciente infartado nas instituições de saúde. Método: trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo, tipo revisão integrativa da literatura, no período de 1979 a 2016, nas bases de dados MEDLINE, LILACS, Biblioteca Virtual SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde/BVS. Empregou-se a análise descritiva. Resultados: percebe-se que as alterações nas taxas de mortalidade são variáveis e refletem mudanças na exposição aos fatores de risco. Torna-se a estruturação do cuidado na assistência, desde a atenção pré-hospitalar à terapia intensiva, fundamental, sendo o tabaco, o Diabetes Mellitus, a hipertensão, a obesidade e o sedentarismo fatores importantes no desenvolvimento do IAM que merecem maior atenção. Conclusão: conclui-se que houve significativa redução da mortalidade hospitalar do IAM nas últimas décadas, no entanto, pouco avanço no conhecimento sobre a epidemiologia e o tratamento na fase pré-hospitalar. Descritores: Angina Instável; Assistência Ambulatorial; Fatores de Risco; Prevenção & Controle; Infarto do Miocárdio; Pacientes.ABSTRACTObjective: to review the bibliographic production on the care of infarcted patients in health institutions. Method: this is a descriptive bibliographic study, integrative literature review, from 1979 to 2016, in the databases MEDLINE, LILACS, Virtual Library SciELO and Virtual Health Library / VHL. The results were followed by descriptive analysis. Results: it is clear that changes in mortality rates are variable and reflect changes in exposure to risk factors. It becomes the structuring of care in care, from prehospital care to intensive care, fundamental, with tobacco, diabetes mellitus, hypertension, obesity and sedentary lifestyle important factors in the development of AMI that deserve greater attention. Conclusion: it is concluded that there has been a significant reduction in AMI in-hospital mortality in recent decades, however, little advance in knowledge about epidemiology and treatment in the prehospital phase. Descriptors: Angina Unstable; Ambulatory Care; Risk Factors; Prevention & Control; Myocardial Infarction; Patients. RESUMENObjetivo: revisar la producción bibliográfica sobre el cuidado de pacientes infartados en instituciones de salud. Método: se trata de estudio bibliográfico descriptivo, tipo revisión bibliográfica integradora, de 1979 a 2016, en las bases de datos MEDLINE, LILACS, Biblioteca Virtual SciELO y Biblioteca Virtual en Salud / BVS. Los resultados fueram seguidos de un análisis descriptivo. Resultados: está claro que los cambios en las tasas de mortalidad son variables y reflejan cambios en la exposición a factores de riesgo. Se convierte en la estructuración de la atención, desde la atención prehospitalaria hasta la atención intensiva, fundamental, con el tabaco, la Diabetes Mellitus, la hipertensión, la obesidad y el sedentarismo, factores importantes en el desarrollo de IAM que merecen mayor atención. Conclusión: se concluye que ha habido una reducción significativa en la mortalidad hospitalaria por IAM en las últimas décadas, sin embargo, poco avance en el conocimiento sobre epidemiología y tratamiento en la fase prehospitalaria. Descriptores: Angina Inestable; Atención Ambulatoria; Factores de Riesgo; Prevención & Control; Infarto del Miocardio; Pacientes.

Intervenções de emergência ao paciente com suspeita de infarto agudo do miocárdio

“…Deve-se a abordagem do paciente com suspeita de síndrome coronária aguda em ambiente extra-hospitalar, idealmente, ser feita por profissional de saúde, com a realização de uma história clínica direcionada, investigando as características dos sintomas atuais (momento do início, tempo de duração, qualidade, intensidade, relação com o esforço e repouso) e a presença de doença coronária estabelecida (angina prévia). Acredita-se que algumas características são reconhecidamente determinantes para a manifestação atípica de um evento coronariano e devem ser lembradas quando um indivíduo for abordado na fase préhospitalar, por mascararem o quadro de IAM, como: idosos, sexo feminino, Diabetes Mellitus, insuficiência cardíaca e marca-passo (Monteiro et al, 2019).…”

“…Torna-se o tempo de atendimento do paciente com IAM decisivo, isso porque, no infarto, ocorre a morte do tecido da artéria, em função de sua obstrução total; por falta de oxigênio, devido ao entupimento por placas de gordura, o músculo para de ser oxigenado pelas coronárias (artérias que irrigam o coração), o fluxo de sangue para o coração é interrompido, gerando dor e causando a falência do tecido caso o processo não seja interrompido (Monteiro et al, 2019).…”

“…Adverte-se que nem todas as pessoas têm dor no peito de forma intensa e aguda, como sempre é referido, pois os sinais e sintomas do infarto podem variar de pessoa para pessoa, sendo os sintomas mais comuns: dor no peito ou desconforto torácico. Detalha-se que outros sintomas também podem estar presentes, como: sensação de desconforto nos ombros, braços, dorso (costas), pescoço, mandíbula ou no estômago, e a palidez da pele, o suor frio pelo corpo, a inquietação, palpitações e respiração curta também podem ocorrer e, ainda, pode haver também náuseas, vômitos, tonturas, confusão mental e desmaios (Monteiro et al, 2019).…”

Mortalidade pelo infarto agudo do miocárdio no Brasil: 1996- 2017

“…1,2,3 O IAM é universalmente definido como a morte celular miocárdica, causando necrose do músculo cardíaco de forma aguda, sendo que uma das formas de realizar o seu diagnóstico é através da análise de biomarcadores de necrose do miocárdio e, o mais específico é realizado pela utilização da troponina, associada a pelo menos um (01) dos sintomas clássicos como angina, dispneia, dentre outros. 3,4,5 A complexidade em sua decorrência é tamanha que, a mesma representa uma das quatro (04) patologias de cunho cardíaco de maior recorrência e, um dos maiores impactos financeiros para o Sistema Único de Saúde (SUS), representando aproximadamente $ 6,9 bilhões de dólares, ou seja, cerca de R$ 22,4 bilhões aos cofres públicos. 5,6 .…”

“…A insuficiência cardíaca (IC) representaria o montante financeiro de $ 6,8 bilhões de dólares (R$ 22,1 bilhões), a hipertensão arterial (HA) $ 2,5 bilhões de dólares (R$ 8 bilhões) e a fibrilação atrial $ 1,2 bilhão de dólares (R$ 3,9 bilhões) de despesas em saúde. 2,4,5,6 Nesse sentido, o impacto financeiro ocorre tanto para os cofres públicos quanto para questões indiretas, como é o caso da redução da qualidade de vida (QV), da renda familiar, prejudicando e limitando o exercício de atividades produtivas e ainda, desencadeando diretamente impactos no sistema previdenciário nacional. 2,4,5,6 Historicamente, o IAM apresentou significativos avanços no início do século XIX, implementados por meio de estudos realizados em animais não humanos ou por necropsia em seres humanos, sendo que havia fortes evidências e de modo sugestivo, que apontavam a mesma, enquanto causada por meio da oclusão das artérias do epicárdio.…”