2019
DOI: 10.29397/reciis.v13i2.1822
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Assujeitamento e disrupção de um corpo que permanece e resiste: possibilidade de existência de uma travesti no ambiente escolar

Abstract: Em entrevista à Reciis, Luma Nogueira de Andrade traça uma trajetória discursiva e interseccional entre a sua vivência e a pesquisa científica, iniciada no campo das ciências biológicas. Os estudos e os estranhamentos do conhecimento biológico, especificamente sobre o corpo e a sexualidade, levaram a pesquisadora a construir críticas desse conhecimento em diálogo com o campo das ciências humanas. No doutorado, sua existência e corporeidade, construídas no interior do estado do Ceará, a convocam para dissertar,… Show more

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“…É como se as políticas públicas e as garantias mínimas de direitos não chegassem ou não assistissem às pessoas transexuais desde, até mesmo, o seu processo de formação enquanto membros da sociedade. Corroborando com essa reflexão, Luma Andrade, travesti, cearense e doutora em educação, nos traz elementos bastante significativos acerca da relação entre a escola, a sociedade e a família, onde a pesquisadora aponta que mesmo que haja a aceitação por parte da família, a escola tentará persuadir essa mulher trans ou travesti a não performar a sua feminilidade sob o julgo do que é melhor ou sob o escopo do socialmente aceitável (Andrade, 2019) Devido a essas barreiras impostas pela sociedade, no que tange ao acesso e permanência da população trans nos espaços escolares, Rocon; Sodre; Rodrigues (2016) relata que lhes restam poucas alternativas de trabalho. Uma delas, talvez a mais frequente, é a prostituição: "comecei a fazer programa por querer me arrumar melhor, colocar meus seios [...] foi difícil, porque os espaços são demarcados e, se entrar no espaço das outras, você é agredida" (A Jazmine).…”
Section: -23unclassified
“…É como se as políticas públicas e as garantias mínimas de direitos não chegassem ou não assistissem às pessoas transexuais desde, até mesmo, o seu processo de formação enquanto membros da sociedade. Corroborando com essa reflexão, Luma Andrade, travesti, cearense e doutora em educação, nos traz elementos bastante significativos acerca da relação entre a escola, a sociedade e a família, onde a pesquisadora aponta que mesmo que haja a aceitação por parte da família, a escola tentará persuadir essa mulher trans ou travesti a não performar a sua feminilidade sob o julgo do que é melhor ou sob o escopo do socialmente aceitável (Andrade, 2019) Devido a essas barreiras impostas pela sociedade, no que tange ao acesso e permanência da população trans nos espaços escolares, Rocon; Sodre; Rodrigues (2016) relata que lhes restam poucas alternativas de trabalho. Uma delas, talvez a mais frequente, é a prostituição: "comecei a fazer programa por querer me arrumar melhor, colocar meus seios [...] foi difícil, porque os espaços são demarcados e, se entrar no espaço das outras, você é agredida" (A Jazmine).…”
Section: -23unclassified
“…Então, tomando como base as experiências de Luma Nogueira de Andrade (2019) na escola, digo que quando surge a oportunidade dada a pesquisadora de discutir as identidades de gênero e por ventura identidades sexuais, que muitas das vezes são confundidas por parte das(os) discentes e docentes, consideramos válido e necessário assumir essas discussões. Apostamos que discutir essas questões na escola fortaleça a ideia de (des)construção do saber de controle das escolas sobre os corpos e as mentes das(os) estudantes.…”
Section: As Discussões Sobre Transgeneridade Em Uma Escola No Campounclassified
“…Nota-se que as pesquisas restringem as travestis aos locais específicos como em boates, locais de prostituição das grandes cidades brasileiras, em praças e bairros periféricos, isso em decorrência do estigma produzido pela nossa sociedade referente a elas (JESUS, 2012;OLIVEIRA, 2018). Contudo, Luma Nogueira de Andrade (2019) pontua que não devemos trazer esse discurso como essencialista e traz como exemplo a sua própria história:…”
Section: )unclassified
“…Esses/as jovens enfrentam diariamente o desafio de serem verdadeiros/as consigo mesmos/as, em uma sociedade que muitas vezes os/as rejeita e não reconhece sua identidade de gênero. No entanto, esses sujeitos persistem, resistem e não desistem, levantando suas vozes e exigindo respeito e participação (Andrade, 2019).…”
Section: Programas Governamentais Contra a Homofobiaunclassified
“…A juventude contemporânea enfrenta desafios significativos, e dentre os grupos que lutam por seus direitos e oportunidades, os/as jovens transgêneros surgem como um exemplo notável de resiliência e perseverança. O direito ao trabalho, à educação, um pilar fundamental para o desenvolvimento de qualquer indivíduo, tem sido um campo de batalha importante para garantir que esses/as jovens tenham a chance de realizar seus sonhos e alcançar todo o seu potencial (Andrade, 2019;Guimarães, 2017;Lanz, 2014;Leite, 2014).…”
Section: Narrativas De Jovens Transgêneros: Vozes Múltiplas Experiênc...unclassified