Association between mistreatment of women during childbirth and symptoms suggestive of postpartum depression

Abstract

Background Postpartum depression is a common condition in the pregnancy and postpartum cycle. The development of this condition is multifactorial and can be influenced by previous traumas. This study sought to verify whether there is an association between having been exposed to mistreatment during childbirth and presenting symptoms suggestive of postpartum depression. Methods This is a cross-sectional study, with the inclusion of 287 women without complications in childbirth, randomly selected from two maternity hospitals of Porto Alegre, southern Brazil, in 2016. Four weeks after delivery, the postpartum women answered a face-to-face interview about socioeconomic aspects, obstetric history, health history, and childbirth experience (practices and interventions applied) and completed the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS). From the perception of women regarding the practices performed in the context of childbirth care, a composite variable was created, using item response theory, to measure the level of mistreatment during childbirth. The items that made up this variable were: absence of a companion during delivery, feeling insecure and not welcome, lack of privacy, lack of skin-to-skin contact after delivery, not having understood the information shared with them, and not having felt comfortable to ask questions and make decisions about their care. To define symptoms suggestive of postpartum depression, reflecting on increased probability of this condition, the EPDS score was set at ≥ 8. Poisson Regression with robust variance estimation was used for modeling. Results Women who experienced mistreatment during childbirth had a higher prevalence of symptoms suggestive of postpartum depression (PR 1.55 95% CI 1.07–2.25), as well as those with a history of mental health problems (PR 1.69 95% CI 1.16–2.47), while higher socioeconomic status (A and B) had an inverse association (PR 0.53 95% CI 0.33–0.83). Conclusions Symptoms suggestive of postpartum depression seem to be more prevalent in women who have suffered mistreatment during childbirth, of low socioeconomic status, and with a history of mental health problems. Thus, qualifying care for women during pregnancy, childbirth and postpartum and reducing social inequalities are challenges to be faced in order to eliminate mistreatment during childbirth and reduce the occurrence of postpartum depression.

Obstetric racism and perceived quality of maternity care in Canada: Voices of Black women

“…This experience left many Black women feeling unsafe and terrified in an environment where they are expected to be treated with compassion and care. Consistent with the mental health impacts of obstetric violence, 36 participants felt disengaged and disconnected from their newborns, thereby threatening infant-parent attachment. The trauma of childbirth along with racism-related trauma from healthcare provider mistreatment can elicit a complex mental and emotional response that have far reaching consequences on the health and well-being of Black women and their infants.…”

Desrespeito e abuso durante o parto e depressão pós-parto: uma revisão de escopo

“…Os instrumentos utilizados para avaliar o desrespeito e abuso no parto foram diferentes em cada um dos estudos analisados, sendo elaborados pelos autores da pesquisa 32,33,34,35,36,37,38 . Todos os estudos avaliaram a depressão pós-parto por meio da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo (EPDS) 32,33,34,35,36,37,38 , sendo que um deles utilizou a versão curta da escala, a EPDS-6 32 . Além da EPDS, uma pesquisa também aplicou o Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI; Mini-Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional) 37 (Quadro 3).…”

“…No que se refere aos tipos de desrespeito e abuso no parto relatados pelas mulheres, foram identificados a falta de acompanhante no parto 36 , exames vaginais dolorosos, alívio inadequado da dor, assistência ruim, falta de comunicação/explicações insuficientes do profissional sobre os procedimentos obstétricos realizados e uso de linguagem ofensiva pelos profissionais de saúde durante o parto 32 , falta de privacidade e acolhimento, não ter sentido segurança no ambiente do parto e não ter se sentido à vontade para fazer perguntas e participar das decisões sobre seus cuidados 36 . Abusos verbais 38 e/ou físicos, negação de atendimento e procedimentos indesejados durante o parto também foram relatados 33,35,37 .…”

Violência Obstétrica E Os Seus Principais Impactos Na Saúde Da Mulher: Uma Revisão Narrativa

“…Esses traumas podem desencadear outros problemas que afetam a mãe, como depressão, ataques de pânico, baixa autoestima, angústia e sensações de solidão, raiva e desamparo, como também a relação materno-afetivo, conjugal e social. Dados revelam haver uma maior probabilidade da mãe ter dificuldades para amamentar devido à desconexão com o bebê, a desconfiar no sistema de saúde e a desenvolver tocofobia (medo da gravidez e do parto) quando vítimas de VO, afetando diretamente o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança (MATOS et al, 2021;PAIZ et al, 2022;LEITE et al, 2022).…”

“…Diante desta realidade, alguns estudos se propuseram a analisar a relação dos casos de VO e o desenvolvimento de alterações psíquicas em mulheres no período pós-parto. Um estudo transversal desenvolvido por Paiz et al, (2022), realizado com 287 puérperas, constatou que as mulheres que sofreram maus-tratos durante o parto apresentaram uma prevalência de 55% de desenvolverem sintomas sugestivos de Depressão Pós-Parto (DPP). O estudo de Martinez-Vázquez e colaboradores (2022) corrobora esses achados quando avaliou questionários de 782 puérperas, 12 meses após o parto, das quais 199 (25,4%) apresentaram DPP, evidenciou que 85 (42,7%) sofreram agressão verbal e 116 (58,2%) sofreram agressão psíquicoafetivo, demonstrando que há uma correlação entre DPP e VO.…”