Abstract:Apesar da alta prevalência de oclusopatias em adolescentes ser mundialmente relatada, poucos estudos investigaram a associação entre oclusopatias definidas por critérios clínicos e a auto-avaliação da aparência dentária e das gengivas em adolescentes. O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre oclusopatias e auto-avaliação da aparência dentária e gengival em adolescentes brasileiros. Foram utilizados os dados de um estudo transversal realizado com adolescentes de 15 a 19 anos de idade (n = 16.12… Show more
“…Aesthetic beauty standards are strongly related to the level of self-esteem. Malocclusion is considered a deviation from the aesthetic pattern in society, and not a disease in itself, and it can be defined as the anomaly in the development of dental arches, resulting in aesthetic and / or functional problems [8][9][10] . A disagreeable dental appearance can stigmatize a person, hamper professional achievement, encourage negative stereotypes, and even undermine self-esteem [11][12][13] .…”
Objective
Results
A total of 815 adolescents participated in the study. There was a statistically significant association between self-esteem and the variables: sex (p <.0001), willingness to straighten teeth to improve appearance (p = 0.0006), bullying victim (p <.0001), frequency of bullying = 0.0111) and consequences of bullying (p <.0001). A significant risk factor for non-white adolescents' very negative self-esteem (OR = 1.914) was present together with bullying victims who had had negative consequences after the episode (OR = 3.343).
ConclusionThere was an association between the self-esteem and bullying variables. Those who reported negative consequences on bullying were three times more likely to present very negative self-esteem, and the chances of non-white adolescents to show negative selfesteem were almost twice as high. There was no statistically significant association between self-esteem and the need for orthodontic treatment.Indexing terms: Adolescent. Bullying. Health school. Malocclusion. Orthodontics. Self-concept.
RESUMO ObjetivoAnalisar o nível da autoestima de adolescentes brasileiros e verificar as possíveis associações de desfecho com a necessidade de tratamento ortodôntico e bullying.
MétodosEstudo epidemiológico transversal de base populacional. A população foi composta por adolescentes de 11 a 16 anos, matriculados na rede pública de ensino de um município de médio porte do noroeste paulista. Foi realizado um exame bucal utilizando o índice Dental Aesthetic Index (DAI), para verificar a necessidade de tratamento ortodôntico, e um questionário autoaplicável, contendo os índices Global Self-Evaluation (GES), para identificar o nível de autoestima, e o Kidscape, para detecção de bullying. A análise dos dados foi feita utilizando estatística descritiva, análises de associação e regressão logística multivariada.
ResultadosNo total, 815 adolescentes participaram da pesquisa. Houve associação estatisticamente significante entre autoestima e as variáveis: sexo (p<.0001), vontade de corrigir os dentes para melhorar a aparência (p=0.0006), vítima de bullying (p<.0001), frequência com que sofreu bullying (p=0.0111) e consequências do bullying (p<.0001). Apresentaram-se como fator de risco significante para uma autoestima muito negativa a cor da pele não branca (OR=1.914) e vítimas de bullying que tiveram consequências negativas após o episódio (OR= 3.343).
ConclusãoHouve associação entre as variáveis autoestima e bullying. Aqueles que relataram consequências negativas sobre o bullying apresentaram chances três vezes maiores de ter autoestima muito negativa, já as chances dos adolescentes com cor da pele não branca foram quase duas vezes maiores. Não houve associação estatisticamente significante entre autoestima e necessidade de tratamento ortodôntico.
“…Aesthetic beauty standards are strongly related to the level of self-esteem. Malocclusion is considered a deviation from the aesthetic pattern in society, and not a disease in itself, and it can be defined as the anomaly in the development of dental arches, resulting in aesthetic and / or functional problems [8][9][10] . A disagreeable dental appearance can stigmatize a person, hamper professional achievement, encourage negative stereotypes, and even undermine self-esteem [11][12][13] .…”
Objective
Results
A total of 815 adolescents participated in the study. There was a statistically significant association between self-esteem and the variables: sex (p <.0001), willingness to straighten teeth to improve appearance (p = 0.0006), bullying victim (p <.0001), frequency of bullying = 0.0111) and consequences of bullying (p <.0001). A significant risk factor for non-white adolescents' very negative self-esteem (OR = 1.914) was present together with bullying victims who had had negative consequences after the episode (OR = 3.343).
ConclusionThere was an association between the self-esteem and bullying variables. Those who reported negative consequences on bullying were three times more likely to present very negative self-esteem, and the chances of non-white adolescents to show negative selfesteem were almost twice as high. There was no statistically significant association between self-esteem and the need for orthodontic treatment.Indexing terms: Adolescent. Bullying. Health school. Malocclusion. Orthodontics. Self-concept.
RESUMO ObjetivoAnalisar o nível da autoestima de adolescentes brasileiros e verificar as possíveis associações de desfecho com a necessidade de tratamento ortodôntico e bullying.
MétodosEstudo epidemiológico transversal de base populacional. A população foi composta por adolescentes de 11 a 16 anos, matriculados na rede pública de ensino de um município de médio porte do noroeste paulista. Foi realizado um exame bucal utilizando o índice Dental Aesthetic Index (DAI), para verificar a necessidade de tratamento ortodôntico, e um questionário autoaplicável, contendo os índices Global Self-Evaluation (GES), para identificar o nível de autoestima, e o Kidscape, para detecção de bullying. A análise dos dados foi feita utilizando estatística descritiva, análises de associação e regressão logística multivariada.
ResultadosNo total, 815 adolescentes participaram da pesquisa. Houve associação estatisticamente significante entre autoestima e as variáveis: sexo (p<.0001), vontade de corrigir os dentes para melhorar a aparência (p=0.0006), vítima de bullying (p<.0001), frequência com que sofreu bullying (p=0.0111) e consequências do bullying (p<.0001). Apresentaram-se como fator de risco significante para uma autoestima muito negativa a cor da pele não branca (OR=1.914) e vítimas de bullying que tiveram consequências negativas após o episódio (OR= 3.343).
ConclusãoHouve associação entre as variáveis autoestima e bullying. Aqueles que relataram consequências negativas sobre o bullying apresentaram chances três vezes maiores de ter autoestima muito negativa, já as chances dos adolescentes com cor da pele não branca foram quase duas vezes maiores. Não houve associação estatisticamente significante entre autoestima e necessidade de tratamento ortodôntico.
“…A relação molar alterada, ou seja, relação de classe II ou classe III pode indicar discrepâncias entre as bases ósseas, alterando assim o sorriso e /ou o perfil facial dos pacientes e ocasionando a vergonha de sorrir. Em outra pesquisa, foi encontrada associação entre a insatisfação com a aparência dos dentes e gengivas com as más oclusões, embora, diferentemente do presente estudo, a cárie dentária não esteve associada 20 .…”
“…Quanto à insatisfação com os dentes, 26,50% dos alunos responderam que era por motivos ortodônticos, fato que nos leva a refletir sobre o conceito de beleza que é tão divulgado pela mídia: "dentes brancos e alinhados", conforme Borges et al 18 (2010), quando relatam que o conceito de beleza e a percepção dos indivíduos quanto à estética facial variam de acordo com os padrões culturais vigentes em cada contex to. entre os alunos, 93,10% não têm medo de ir ao consultório dentário, o que não vem ao encontro do que relatam possobon et al 19 (2007), pois, segundo esses autores, o medo do dentista tem sido caricaturado como um dos mais frequentes e mais intensamente vivenciados.…”
Introdução: O objetivo deste estudo é conhecer a percepção e as atitudes de adolescentes do Colégio de Aplicação de Duque de Caxias/RJ relativas à saúde bucal, tendo ele sido submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIGRANRIO, n° 209/09, e por ele aprovado. Método: Este estudo teve caráter transversal, prospectivo e descritivo e o método utilizado para realizá-lo foi a distribuição de 179 questionários/TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) para todos os estudantes do ensino médio daquele colégio. Resultados: No período de uma semana foram devolvidos 102 questionários/TCLE, por meio dos quais foi possível observar que 68,6% (70) dos estudantes já haviam participado de alguma atividade relativa à saúde bucal e que a principal fonte de informação citada foi o dentista, 66,7% (68). Além disso, 59,8% (61) desses alunos já tinham sentido dor de dente. É importante notar que 63,7% (65) estão satisfeitos com seus dentes e o principal motivo de insatisfação a esse respeito é o ortodôntico. Também foi possível observar que todos escovam os dentes pelo menos três vezes ao dia, 66,7% (68) utilizam o fio dental e 52,9% (54), algum produto para bochecho. Além disso, 85,3% (87) consideram que sua boca está saudável. Conclusão: Concluiu-se, mediante este estudo, que, apesar de os adolescentes apresentarem conhecimento e atitudes relacionados à saúde bucal, existe a necessidade de educação continuada em relação ao tema estudado.
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