Este artigo tem como objetivo relatar a experiência vivenciada por uma enfermeira na assistência de um paciente indígena, na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário Federal no Estado do Pará. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, tipo relato de experiência. A comunicação foi o ponto de dificuldade encontrada pela enfermagem na interação com o paciente indígena, evidenciado no momento da admissão do paciente na Unidade de Terapia Intensiva. A percepção da enfermeira de envolver o acompanhante que dominava a língua portuguesa, foi importante para o sucesso do tratamento. Evidenciou-se que, atualmente, quando se fala em assistência a pacientes indígenas, a enfermagem percebe que há necessidade de investimento na qualificação dos profissionais de saúde, visto que ainda o cuidado é permeado por estigma e baseado no tratamento personificado e individual. Portanto, a qualificação dos profissionais deve envolver o acolhimento, a garantia de acesso e integralidade do cuidado que é dispensado aos povos indígenas.