Introdução: A imunossupressão pode ser um risco para o aparecimento de lesões por pressão pois o iminente emagrecimento desses pacientes deixa bem evidentes as proeminências ósseas facilitando a constante pressão nestes locais. Objetivo: Descrever as condutas assistenciais e preventivas de enfermagem frente a pacientes com doenças infectocontagiosas e parasitarias portadores de lesões por pressão. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa retrospectiva de caráter descritivo com abordagem quantitativa onde as variáveis utilizadas foram obtidas a partir de informações secundarias existentes no banco de dados da comissão de curativos de um hospital referência em infectologia. Resultados: Foram analisados registros de 25 pacientes com lesões por pressão, destes, 96% eram de pacientes acamados e a maioria apresentavam lesões por pressão infectadas. Quanto ao perfil epidemiológico, observou-se que o gênero masculino foi o mais acometido (84%), tendo como patologia de base aquela causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (92%). Das condições socioeconômicas observou-se que 48% deles não tinham nenhuma renda. Quanto aos aspectos nutricionais 76% eram emagrecidos e com baixo peso. Quanto à classificação das lesões 42,9% eram estágio três. As condutas terapêuticas de enfermagem mais evidentes nos registros foram: a limpeza dos ferimentos com soros fisiológicos a 0,9% e glicosado a 0,5% mornos (para limpar, hidratar e facilitar o crescimento de células neófitas), também o emprego de debridantes autolíticos. Quanto as ações para profilaxia, a utilização das determinações existentes nas variáveis da escala de Braden foram as mais utilizadas. Conclusão: Ainda há a necessidade de sensibilização do corpo de enfermagem quanto ao compromisso em aplicar todas as determinações já existentes nas normativas do Ministério da Saúde-MS para benefícios destes pacientes acamados no que diz respeito a prevenção de lesões preveníveis, principalmente os que tem perda de tecido adiposo em grandes proporções em virtude da imunossupressão.