A medicina atual se apoia cada vez mais em recursos tecnológicos, não apenas no diagnóstico, mas também em suas várias vertentes. A produção de biomodelos 3D constitui importante ferramenta, ainda na fase acadêmica, no estudo anatômico/patológico dos órgãos, no treinamento de procedimentos e rotinas clínicas. A Obstetrícia e a Medicina Fetal são áreas promissoras no uso da tecnologia da impressão 3D, tendo em vista que a compreensão dos processos fisiológicos e morfológicos compõe ponto essencial na tomada de decisões e condutas. Dessa forma, o presente trabalho analisou a importância da impressão 3D no processo ensino-aprendizagem, e avaliou sua aplicação na prática clínica, com o objetivo principal demonstrar e relatar as vantagens da aplicação da tecnologia 3D na obstetrícia e medicina fetal. O estudo em questão trata-se de uma revisão integrativa de literatura, fundamentada em acervos das bases de dados PubMed, Scielo, BVS e Google Acadêmico, utilizando os descritores DeCs “Impressão Tridimensional”, “Educação Médica”, “Obstetrícia” e “Perinatologia”. Em relação a aplicabilidade da bioimpressão na anatomia, os modelos anatômicos podem ser usados para fins educacionais e treinamento médico. Há vantagens significativas na incorporação das tecnologias tridimensionais na área da saúde, uma vez que, pela sua versatilidade, seria possível proporcionar uma preparação melhor aos estudantes e um tratamento mais adequado e personalizado a cada paciente, assegurando melhores manejos, resultados e prognósticos. Portanto, havendo consciência dos benefícios atrelados a inserção dessa tecnologia na prática médica, faz-se necessário o contínuo esforço de instituições, docentes e comunidade em geral, para a incorporação destes novos recursos, bem como a realização de pesquisas com enfoque na busca de aperfeiçoamentos e novas aplicabilidades; uma vez que pelo alto custo de manutenção e ausência de incentivo governamental, existe, ainda, certa dificuldade em sua implementação.