Abstract:Resumo
Desde a última década do século XX, devido às repercussões na saúde do trabalhador, as pesquisas acerca do assédio moral têm se intensificado. O fenômeno está inserido em diversos cenários, com implicações nas organizações e, por conseguinte, na sociedade. Este estudo objetivou analisar quais fatores do contexto de trabalho se relacionam à presença de Assédio Moral em Instituição Judiciária brasileira, bem como que variáveis podem estar associadas aos danos na saúde destes servidores públicos. O a… Show more
“…Um estudo usou só a Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST) 50 . A maioria (n=5) utilizou a Escala de Avaliação de contexto de trabalho (EACT) combinada com a Escala de Custo Humano do Trabalho (ECHT) 35 (Tabela 1) e/ou com outros instrumentos de avaliação de APST 30,53,61 (Tabelas 1 e 2).…”
Resumo Objetivo: descrever dimensões da avaliação dos aspectos psicossociais do trabalho (APST) encontradas na literatura e em documentos normativos no Brasil. Métodos: revisão de escopo com busca de artigos nas bases Portal da Biblioteca Virtual em Saúde do Brasil, Web of Science e Medline, publicados de 2017 a 2021. Também incluíram-se documentos governamentais brasileiros com orientação ou indicação para avaliação dos APST. Resultados: foram selecionados 58 artigos e 22 documentos governamentais. Destes, 75,9% são estudos de delineamento quantitativo transversal. A área da saúde foi o principal campo de estudo, assim como a categoria dos profissionais de enfermagem. Dos documentos governamentais, 63,6% classificam-se como materiais de suporte técnico, a maioria voltada para saúde do trabalhador e vigilância. Discussão: a maior parte dos estudos compreende APST como aspectos relacionados ao estresse ocupacional, referenciando-se, sobretudo, no modelo demanda-controle. A associação com desfechos de saúde, principalmente burnout, se destacou entre os artigos. Mesmo apresentando fragilidade de delimitação conceitual e metodológica, os documentos governamentais têm na Ergonomia da Atividade e Psicodinâmica do Trabalho as principais referências teóricas. Conclusão: é preciso maior aproximação entre conhecimento acadêmico, normatização e suporte técnico sobre avaliação dos APST para fortalecimento da Vigilância em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Visatt).
“…Um estudo usou só a Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST) 50 . A maioria (n=5) utilizou a Escala de Avaliação de contexto de trabalho (EACT) combinada com a Escala de Custo Humano do Trabalho (ECHT) 35 (Tabela 1) e/ou com outros instrumentos de avaliação de APST 30,53,61 (Tabelas 1 e 2).…”
Resumo Objetivo: descrever dimensões da avaliação dos aspectos psicossociais do trabalho (APST) encontradas na literatura e em documentos normativos no Brasil. Métodos: revisão de escopo com busca de artigos nas bases Portal da Biblioteca Virtual em Saúde do Brasil, Web of Science e Medline, publicados de 2017 a 2021. Também incluíram-se documentos governamentais brasileiros com orientação ou indicação para avaliação dos APST. Resultados: foram selecionados 58 artigos e 22 documentos governamentais. Destes, 75,9% são estudos de delineamento quantitativo transversal. A área da saúde foi o principal campo de estudo, assim como a categoria dos profissionais de enfermagem. Dos documentos governamentais, 63,6% classificam-se como materiais de suporte técnico, a maioria voltada para saúde do trabalhador e vigilância. Discussão: a maior parte dos estudos compreende APST como aspectos relacionados ao estresse ocupacional, referenciando-se, sobretudo, no modelo demanda-controle. A associação com desfechos de saúde, principalmente burnout, se destacou entre os artigos. Mesmo apresentando fragilidade de delimitação conceitual e metodológica, os documentos governamentais têm na Ergonomia da Atividade e Psicodinâmica do Trabalho as principais referências teóricas. Conclusão: é preciso maior aproximação entre conhecimento acadêmico, normatização e suporte técnico sobre avaliação dos APST para fortalecimento da Vigilância em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Visatt).
“…O assédio moral diferencia-se da violência psicológica pelo caráter sistemático de exposição direta ou indireta dos trabalhadores a situações constrangedoras e humilhantes (Rocha, Brito & Costa, 2021). Tais aspectos configuram os dois elementos necessários para sua ocorrência: o objetivo, que se refere aos atos hostis sistemáticos, e o subjetivo, relacionado às ofensas que atingem a dignidade (Pooli, Riss, Henrich & Monteiro, 2019). Destaca-se a violência sutil, e a própria gestão organizacional pode ensejar sua ocorrência (Heloani et al, 2021).…”
Esse estudo, de delineamento misto, objetivou verificar fatores associados e preditores de Transtornos Mentais Comuns-TMC (etapa quantitativa) e conhecer percepções (etapa qualitativa) de oficiais de justiça federais no Rio Grande do Sul acerca do contexto laboral e possíveis relações com processos de saúde-doença. Na etapa quantitativa, 59 oficiais responderam aos questionários: sociodemográfico-laboral, Avaliação do Contexto de Trabalho, Atos Negativos e Self Reporting Questionnaire. Na qualitativa, entrevistaram-se 19 participantes. Realizaram-se análises estatísticas bivariadas e regressão de Poisson, e Análise Temática para tratamento dos dados qualitativos. A prevalência de TMC foi de 40,7%, sendo associada a: assédio moral, relações socioprofissionais, condições e organização do trabalho. Dados qualitativos e quantitativos convergiram em indicar fatores psicossociais de risco para a saúde mental (como ausência de reconhecimento e relações socioprofissionais fragilizadas). A categoria profissional tem sido exposta a situações potencialmente geradoras de sofrimento-adoecimento relacionado ao trabalho, e as percepções dos participantes foram congruentes com as variáveis mensuradas.Palavras-chave: saúde do trabalhador, transtornos mentais comuns, ambiente de trabalho.
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