ResumoO artigo discute a temporalidade na escola, partindo da apresentação da teoria da aceleração social de Harmut Rosa a partir de seus conceitos de aceleração técnica, dos ritmos de vida e da mudança social, analisando posteriormente publicações recentes que discutem, de diferentes formas e a partir de perspectivas teóricas distintas, os tempos na escola. A exposição esclarece que as análises sobre esse tema se articulam em um amplo leque conceitual, destacando-se discussões sobre a qualificação do tempo escolar como Chrónos ou Kairós, análises dos ritmos e encadeamentos temporais na sala de aula e as necessárias articulações entre passado, presente e futuro na educação. A seguir o texto propõe uma ampliação da perspectiva de crítica da educação a partir da temporalidade na escola confrontando as análises encontradas nos artigos com as categorias críticas de Harmut Rosa. Os resultados da análise, de natureza teórica e ensaística, destacam o potencial heurístico da teoria da aceleração para a compreensão dos usos do tempo na escola. Além disso, a crítica ressalta os riscos da didatização e da adoção de novas tecnologias de informação e comunicação e a pertinência da dimensão temporal para a compreensão crítica do declínio do ideal de formação no campo pedagógico. Palavras-chave: Tempo escolar. Aceleração. Teoria crítica. Pedagogia negativa.
AbstractThe article discusses the temporality in the school, starting from the theory of social acceleration of Harmut Rosa and the concepts of technical acceleration, rhythms of life and social change, analyzing also papers that discuss, in different ways and from different theoretical perspectives, the times in the school. The analises exposes that the theme are articulated in a wide conceptual range, emphasizing discussions about the qualification of school time as Chronos or Kairos, analysis of the rhythms and temporal connections in the classroom and the necessary articulations between past, present and future in education. Next, the paper proposes an extension of the perspective of criticism of education from the temporality in the school confronting the analyzes found in the articles with the critical categories of Harmut Rosa. The results, both theoretical and essayistic, highlight the heuristic potential of the acceleration theory for the understanding of the uses of time in school. In addition, criticism highlights the risks of didatization and the adoption of new information and communication technologies and the pertinence of the temporal dimension for the critical understanding of the decline of the ideal of formation in the pedagogical field.