Aspectos da variação ambiental em uma floresta de galeria em Itutinga, MG, Brasil.

Abstract

Foi caracterizada a heterogeneidade ambiental em uma área de floresta de galeria (7,55 ha), em Itutinga, MG, Brasil, pelas variações das propriedades químicas e físicas do solo, da topografia e da abertura de dossel. As propriedades do solo e a topografia foram estudadas em 28 parcelas de 10 x 30 m utilizadas em um levantamento da comunidade arbóreo-arbustiva da área. Para a abertura do dossel utilizaram-se duas transecções de 50 m de largura, compostas por parcelas contíguas de 10 x 10 m, cruzando a floresta de lado a lado, perpendicularmente ao curso d'água. Fotos hemisféricas foram tomadas sobre estacas alternadas das extremidades das parcelas. Os dados de solo e topografia foram analisados por meio de uma PCA (Análise dos Componentes Principais) e a abertura do dossel mediante gráficos de tendência e regressão linear. A variação mais importante em termos de solos e abertura do dossel se deu no sentido do distanciamento da borda da floresta e aproximação do curso d'água. Nesse sentido, a abertura do dossel diminuiu (b = -0,096; R2 = 0,34) e a umidade e acidez do solo aumentaram (Eixo 1 do PCA, autovalor = 9,713). Os maiores valores da abertura do dossel próximo à borda foram explicados pela entrada de luz lateral através da borda da floresta com o campo limpo circundante.

Changes in tree size, not species diversity, underlie the low above‐ground biomass in natural forest edges

“…This can occur when a given habitat is more limiting than another to any given ecosystem function. Natural edges are usually more stressful habitats than interiors in terms of exposure to natural hazards such as wildfires, desiccation, and limitation of soil nutrients (Van den Berg & Santos, 2003;de Oliveira Coelho et al, 2016;Bragion et al, 2018;Nunes et al, 2018;Silva et al, 2019). Soil fertility and moisture increase toward interiors (near to the stream's edge) due to topographical effects.…”

“…Two non-exclusive hypotheses can explain smaller trees in edges as compared to interiors. First, trees may grow slower in the edges than in interiors as soil moisture and nutrients decrease toward the edge (Van den Berg & Santos, 2003). Second, trees may die early (high mortality rate) in the edges compared to interiors as disturbances, such as fire and drought, increase in frequency and intensity toward the edge (Hoffmann et al, 2009(Hoffmann et al, , 2012.…”

“…These gallery forests form a natural ecotone with grasslands or savannas, thus forming natural forest edges (Silva et al, 2008) differing from the core of the gallery forests (i.e., interiors) in terms of structure, composition, and dynamics (Van den Berg & Oliveira-Filho, 1999;Bragion et al, 2018), but yet can harbor a great diversity of tree species (de Oliveira Coelho et al, 2016). By now, we know that AGB decreases toward the edges of gallery forests (Nunes et al, 2018;Silva et al, 2019;Deziderio Santana et al, 2021), in a way very similar to anthropogenic forest fragments (Laurance et al, 2002), even though the alpha diversity of gallery forest edges and interiors seems similar (Van den Berg & Oliveira-Filho, 1999;Van den Berg & Santos, 2003). This natural configuration offers a great opportunity to understand the separate contribution of changes in species richness, species composition, and context-dependent responses to explain AGB variation across the edge-interior continuum.…”