O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neuropsiquiátrico com bases genéticas e neurobiológicas, apresentando três tipos distintos: desatento, hiperativo/impulsivo e combinado. O início dos sintomas geralmente ocorre por volta dos sete anos de idade, associado a mudanças nas sinapses no córtex pré-frontal. Fatores genéticos, como polimorfismos nos genes DAT1 e DRD4, estão implicados, mas não existe um teste genético específico para o diagnóstico. A deficiência de dopamina e noradrenalina no córtex pré-frontal é central no TDAH, com influência ambiental, como exposição pré-natal ao tabagismo, também desempenhando papel. Em adultos, os sintomas incluem desatenção, impulsividade, inquietação e desregulação emocional, com desafios no funcionamento diário. A avaliação busca critérios do DSM-V, considerando a idade de início dos sintomas e fatores de risco. Cerca de 25% dos pacientes podem desenvolver transtornos de ansiedade. Em relação a transtornos do humor, o TDAH pode representar um precursor da bipolaridade pediátrica. O diagnóstico é desafiador, dependendo principalmente da anamnese e critérios do DSM-V, sendo suscetível a subjetividade e possíveis erros.