“…Em STP, foco deste artigo, o português apresenta força legal na medida em que é a única língua oficial do país, e, em razão disso, é instituída em todos os âmbitos oficiais. Todavia, para além desse fato, o idioma é, também, a língua materna e de uso universal em todo o território santomense e, mesmo assim, as variedades locais de português não desfrutam do mesmo estatuto que as variedades de Portugal, sobretudo que a norma lisboeta, quer nos domínios do arquipélago, quer fora deles (Santiago e Agostinho, 2020;Araujo, 2020;Bandeira, 2022). Dessa forma, mesmo respondendo aos requisitos levantados por Bagno (2017) Como consequência disso, o ensino formal contribuiu (e contribui), ativamente, com a perpetuação de ideologias linguísticas que atribuem valores negativos a línguas e a padrões linguísticos que destoam de um ideal lisboeta e, consequentemente a isso, europeu, fato que a autora atrela à herança colonial do arquipélago.…”