“…Em que pesem as contradições e as crises pelas quais vêm passando esta instituição é responsabilidade da Universidade constituir-se como espaço público de produção de conhecimento, discussão crítica, tomada de consciência e engajamento sociopolítico (SANTOS, 2011;SEVERINO, 2009;LANDINELLI, 2009 (SANCHIS, 1992(SANCHIS, , 1994TEIXEIRA, 2005). Por outro lado, parece que a Igreja, desde sua instalação no Brasil Colônia, adotou estratégias para abarcar em sua doutrina e em suas pastorais uma multiplicidade de culturas e outras formas de crença presentes na população, sem gerar rupturas e cismas internas, e passando a conviver com as diversas formas de catolicismo (SOUZA, 2004;BRANDÃO, 2004;BEOZZO, 1995;DUSSEL, 1992 A partir da complexidade evidenciada em nossos dados, reafirmamos a importância de se problematizar representações que associam os jovens religiosos -especialmente aqueles vinculados a instituições evangélicas -a um distanciamento da política, à alienação ou mesmo a posicionamentos conservadores (FERNANDES, 2007;BOHN, 2004;ORO, 2003;NOVAES, 2001 Finalmente, destacamos que as reflexões oriundas dos resultados de nossa investigação nos permitem afirmar que as articulações entre jovens universitários, religião e política não constituem uma síntese, nem mesmo se sobrepõem, mas que suas interconexões são permeadas por processos de ressignificação e reordenamento diante das representações construídas pelos sujeitos e instituições envolvidos.…”