As Unidades de Pronto-Atendimento na Política Nacional de Atenção às Urgências

Abstract

foi fruto de grande insatisfação com o atendimento nas emergências hospitalares. As UPAs constituíram o principal componente de atendimento pré-hospitalar fixo da política. O objetivo do estudo foi analisar as portarias ministeriais que regulamentaram a criação das UPAs, procurando compreender seu padrão de implantação. Foram analisadas as portarias que regulamentaram as UPAs entre 2008 e 2013, à luz da Teoria da Estruturação, de Giddens. No conjunto, essas portarias expressam a pretensão de que as UPAs fossem instaladas de forma estratégica para a configuração de redes de atenção às urgências, propondo diferenciação em relação aos pronto-socorros produtores de "consultas de emergência". No entanto, o padrão de implantação das UPAs foi de expansão acelerada, sem efetiva organização em rede, projetando suspeita de uma reprodução do modelo tradicional de pronto-socorros. A esfera federal destacouse pela intensa produção normativa, assumindo forte papel indutor. A significativa adesão das unidades da federação explica a ampla legitimação, enquanto modalidade da estruturação, alcançada por essa política. Assim, a convergência de interesses em torno da UPA permitiu rápida expansão e enorme aporte de recursos para essa política, apesar de essa estratégia pouco agregar para o enfrentamento dos problemas da atenção às urgências. Palavras-chave: atendimento de emergência pré-hospitalar; serviços médicos de emergência; Sistema Único de Saúde.

O processo de implantação das unidades de pronto atendimento no Brasil

“…The ordinances edited over the years have provided for UPA that are strategically integrated into urgency care networks 6 . The necessary coexistence with the SAMU and the requirement to expand the primary health care coverage with the Family Health Strategy (FHS) are conditionalities that seek to strengthen the network vision and impel managers to invest in other components of the urgency network.…”

“…The necessary coexistence with the SAMU and the requirement to expand the primary health care coverage with the Family Health Strategy (FHS) are conditionalities that seek to strengthen the network vision and impel managers to invest in other components of the urgency network. This is how the intended resolution of the UPA is demarcated, differentiating them from the early emergency rooms, producers of “emergency appointments” that are little resolutive 6 .…”

Ações para segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos em unidades de pronto atendimento

“…The assistance provided in the non-hospital emergency services in the Unified Health System (SUS), better known as Emergency Care Units (UPA), has as main objective to restore the vital parameters of individuals who need rapid care, as there may be a risk imminent death. These units are points of attention of the Emergency Network, of intermediate complexity between the Units of Primary Health Care and the Hospital Network, and they operate 24 hours a day every day of the week (1) .…”

“…In the last decades, there has been an increase in the demand for these services, attributed both to the changes in the epidemiological profile and the impact caused by the morbidity and mortality of chronic noncommunicable diseases and the increase in urban violence. These situations, together with the aspects related to the structuring of these services (2) , has compromised the quality of care provided by transforming emergency services into one of the main problems of SUS (1) .…”

The sense of working in the urgency and emergency network: social representations of managers and health care workers

“…3 As Unidades de Urgência e Emergência têm papel determinante no atendimento e, consequentemente, uma relevância inegável nos indicadores de morbimortalidade, sendo estudadas em vários países. 4 Como os demais tipos de serviços de saúde, o atendimento às urgências e às emergências deve ser planejado, programado e operacionalizado para atender os princípios do SUS. Porém, em função de deficiências no sistema, esses serviços acabam constituindo-se em porta de entrada dos hospitais, representando, para o usuário, possibilidade de acesso à atenção de maior complexidade e resolubilidade.…”