“…Quando, porém, a tecnologia for uma dádiva ou uma imposição de potências hegemônicas, necessariamente exercerá efeito frenador sobre o desenrolar do processo da consciência de si no país recebedor, ao mesmo tempo que poderá estimular um limitado crescimento local, crescimento consentido, que naturalmente muito alegra os dirigentes nativos do momento, os quais o atribuem à própria operosidade e visão de estadistas. (Pinto, 2005, p. 257) Embora seja difícil estabelecer no presente a existência da "consciência de si" em relação ao modo como a tecnologia vem sendo desenvolvida, alguns estudiosos da área econômica têm afirmado que, após o período desenvolvimentista, o país vem adotando políticas protecionistas que, embora divida opiniões contra e a favor, podem ter contribuído para um atraso no nosso desenvolvimento tecnológico (Furtado, 2011). As tecnologias utilizadas hoje são, em sua maior parte, produzidas por multinacionais instaladas no país.…”