O presente artigo faz parte do escopo de uma dissertação de mestrado em andamento, que se concentra em compreender o papel do protagonismo feminino nos movimentos por moradia. O presente artigo pretende problematizar a perpetuação e rigidez dos moldes coloniais/modernos, que dificultam ou bloqueiam a percepção de que atores sociais marcados por subalternidade seriam capazes de pensar e elaborar cidades. Desse modo, o artigo questiona a tida docilidade do corpo marcado pela vulnerabilidade de gênero e etnia, tal movimento é realizado a partir da análise de trechos de entrevistas realizadas com três mulheres que atuam em movimentos por moradia na região metropolitana da Grande Vitória, Brasil.