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AGRADECIMENTOSÀ Professora Maria Abigail de Souza, por todo o apoio, cuidado e carinho, não apenas nesta minha jornada como pós-graduanda, mas durante todo meu processo de adaptação em São Paulo.À CAPES, pelo apoio financeiro tão importante para quem vem de longe com o intuito de se dedicar à pesquisa. Às analistas Márcia Oliveira e Patrícia Getlinger, pelas inspirações e continência que tanto vêm contribuindo para minha formação em Psicanálise.À minha família em Fortaleza -meu pai, Vicente de Castro, minhas irmãs Raquel e Sarah -pelo apoio e incentivo durante este percurso. E finalmente, ao meu companheiro Marcio Lima, pela tolerância para com minha ausência nos últimos dois anos. vii "Certa vez, atravessando um rio, Cuidado viu um pedaço de terra argilosa: cogitando, tomou um pedaço e começou a lhe dar forma. Enquanto refletia sobre o que criara, interveio Júpiter. Cuidado pediu-lhe que desse espírito à forma de argila, o que ele fez de bom grado. Como Cuidado quis então dar seu nome ao que tinha dado forma, Júpiter proibiu e exigiu que fosse dado seu nome. Enquanto Cuidado e Júpiter disputavam sobre o nome, surgiu também a terra (tellus) querendo dar o seu nome, uma vez que havia fornecido um pedaço do seu corpo. Os disputantes tomaram Saturno como árbitro. Saturno pronunciou a seguinte decisão, aparentemente eqüitativa: 'Tu, Júpiter, por teres dado o espírito, deves receber na morte o espírito e tu, terra, por teres dado o corpo, deves receber o corpo. Como porém foi Cuidado quem primeiro o formou, ele deve pertencer ao Cuidado enquanto viver. Como, no entanto, sobre o nome há disputa, ele deve se chamar 'homo', pois foi feito de humus (terra)'". Heidegger (1995, p.263-264) A expressão da tendência anti-social parece sinalizar um protesto contra uma privação vivida precocemente. Expressão que pode surgir quando a criança tem esperança de que o ambiente possa responder positivamente, restabelecendo o desenvolvimento emocional. Quando esta reivindicação não é atendida no seio familiar, seus efeitos podem se manifestar na escola. Apesar do crescimento da violência nas escolas, constata-se a necessidade de aprofundamento dos estudos, especialmente na perspectiva do professor, alvo do investimento pulsional das crianças. Este investimento se caracteriza não apenas por impulsos amorosos, mas também destrutivos. O presente estudo foi realizado em uma escola pública da periferia de São Paulo e faz parte de um projeto mais amplo de atendimento preventivo a crianças agressivas, suas famílias e educadores. A pesquisa objetivou analisar relatos de professores que trabalham diariamente com crianças agressivas e investigar o papel da agressividade infantil como fator de promoção do sofrimento psíquico nestes docentes. As formas instituídas no ambiente escolar para administrar a agressividade dos alunos foram levantadas, a partir da análise dos cadernos de ocorrência disciplinar, onde os professores registram os episódios de agressividade infantil. Também foram analisados os dados coletados nas entrevistas individua...