Em 1965, foi criado o Instituto Roberto Simonsen. O instituto era dotado de um setor específico destinado às publicações, o Centro de Bibliotecnia para o Desenvolvimento (CBD), em cujo rol de atividades estavam incluídas as traduções de livros estrangeiros. A despeito de uma noção de desenvolvimento voltada à solução dos “problemas nacionais”, o CBD atuou em conformidade com o pensamento de Simonsen a respeito da relação entre capital nacional e investimentos estrangeiros, dependendo da parceria com uma instituição norte-americana, o Franklin Book Programs, para a consecução de suas atividades. Este artigo trata das relações entre as duas instituições e do modo como um nacionalismo mitigado, compatibilizado com a agenda norte-americana durante a Guerra Fria cultural, definiu os contornos das políticas editoriais do instituto para o desenvolvimento de um Brasil industrial.