Objetivo: O presente estudo promove uma reflexão, baseada em evidências, acerca das formas de violência obstétrica disponíveis na literatura brasileira. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de Dados em Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). A partir da busca inicial com os descritores e operador booleano definidos, foram encontrados 52 estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 12 estudos para compor a revisão. Resultados e Discussão: Os locais abordados nos estudos, foram os hospitais públicos e mistos (privados) conveniados ao SUS. A violência obstétrica, termo reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), se firma a partir da apropriação da autonomia da mulher e dos processos reprodutivos, por profissionais de saúde, na forma de um tratamento desumanizado, medicação abusiva ou interferência abusiva dos processos naturais. Ficaram evidenciados, os diversos tipos de violência física, verbal e psicológica, assim como a realização de procedimentos desnecessários, com destaque para o alto índice de cesarianas ocorrendo fora de contexto e expondo a mulher a três vezes mais o risco de morte por parto. Conclusão: E pôde-se observar o grande diferencial da divulgação do que se trata a violência obstétrica e como é imperativo o reforço dos direitos das mulheres, que asseguram um atendimento humanizado, bem como estudos sobre sua abordagem no pré-natal.