As diferenças sexuais podem fundamentar estereótipos de gênero? Deixem jovens de baixa escolaridade responderem / Can sex differences support gender stereotypes? Let young people with low education answer

Abstract

Os estereótipos de gênero configuram-se por crenças sobre o que caracteriza homens e mulheres. Tais crenças podem refletir nuances em diferenças sexuais que tiveram importância adaptativa para espécie e estão disseminadas na cultura. Este estudo buscou caracterizar crenças sobre homens e mulheres em população com baixa escolaridade a fim de mapear o conteúdo de estereótipos de gênero. A partir de respostas a um questionário aberto sobre características definidoras de homens e mulheres, delinearam-se 45 categorias de análise. Verificaram-se discrepâncias significativas nas frequências de atribuições de categorias a homens e mulheres, bem como associações entre categorias e o sexo dos participantes. Aos homens foram atribuídas atividades de liderança e busca pelo sustento, eles foram caracterizados como pouco responsáveis e empáticos; as mulheres foram descritas como afetuosas e cuidadoras dos outros e de si mesmas. São discutidas relações entre os conteúdos das crenças estereotípicas e o conhecimento científico sobre diferenças sexuais. Palavras-chave: estereótipos (psicologia); gênero; diferenças sexuais (humano); representação social; aquisição do conhecimento.

Am I Exaggerating? An Affect Intensity Measure Adapted for the Brazilian Context

“…Women also report greater affect intensity than men; they are more emotionally expressive than men (Geuens & De Pelsmacker, 2002;Larsen & Diener, 1987). These differences may be due to biological reasons or cultural expectations, given that the stereotype of women as more affective and sentimental and of men as emotionally stable (Natividade et al, 2014) can impact how people report their affect (Grossman & Wood, 1993). Even so, there are numerous complexities involved in the matter, and it is important to consider that, depending on the various biological, individual, and environmental factors, differences in affect may be more or less apparent (Batz & Tay, 2018).…”