As Crateras de Impacto Cerro do Jarau (RS) e Domo do Vargeão (SC), Brasil

Philipp, Ruy Paulo; Sommer, Carlos Augusto; Savian, Jairo Francisco; Yokoyama, Elder; Bruckmann, Matheus Philipe

doi:10.29327/537860.1-18

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“…As rochas que compõem essas paisagens estão relacionadas às formações Guará e Botucatu do Grupo São Bento, bem como às formações Alegrete e Torres do Grupo Serra Geral da Bacia do Paraná, depositadas durante o intervalo Jurássico Superior-Cretáceo Inferior, tempo geológico em que a América do Sul e África ainda estavam unidas no Supercontinente Gondwana (e.g., Wildner e Lopes, 2010;Manzig e Weinschutz, 2012;Borba et al, 2021;Philipp et al, 2021). As formações Guará e Botucatu consistem em rochas sedimentares com ampla distribuição geográfica na região da Depressão Central.…”

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“…Nessa obra, o Cerro do Jarau é destacado como principal local da narrativa, o que tem incentivado o turismo para a região. Tal cerro consiste em uma proeminente feição geológica do município de Quaraí (RS) e corresponde a uma cratera de impacto (astroblema) composta essencialmente de arenitos e rochas vulcânicas da Bacia do Paraná, no intervalo Jurássico/Cretáceo (e.g., Philipp et al, 2010;Sánchez e Garcia, 2013;Sánchez et al, 2014;Philipp et al, 2021).…”

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Desvendando o Pampa Gaúcho: desde os caminhos dos dinossauros até a Cratera de Impacto

Bruno,

Santos-Filho,

Candido

et al. 2023

Geol. USP. Sér. Cient.

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A região da fronteira entre Brasil (municípios de Santana do Livramento e Quaraí, no Rio Grande do Sul), Uruguai e Argentina contempla grande geodiversidade. No território brasileiro, é possível visitar importantes geossítios situados no contexto da Bacia do Paraná. A geodiversidade dessa fronteira é pouco divulgada em publicações científicas. Entretanto, a região é retratada em diversas obras literárias que correlacionam as tradições de sua população com os monumentos naturais. Este estudo consiste na divulgação de uma rota geoturística para essa região, considerando os seguintes objetivos: divulgar sua diversidade geológica para o público em geral; e promover o geoturismo e a geoconservação por meio de um roteiro. Este inicia-se no Cerro Palomas (Santana do Livramento), onde os visitantes podem contemplar o relevo da região, composto de morros testemunhos formados por arenitos. A área do entorno desse cerro é formada por rochas sedimentares que contêm pegadas de dinossauros. Quando se parte em direção ao Cerro do Jarau (Quaraí/RS), ao longo do trajeto ocorrem diversos geossítios formados por rochas vulcânicas. Ao fim do roteiro, encontra-se o cerro em si, que é composto de rochas sedimentares e vulcânicas. Sua forma circular, associada a minerais formados em crateras de impacto, demonstra que essa estrutura corresponde a um astroblema. A elaboração e divulgação desse roteiro pode auxiliar nas medidas de implantação e potencialização do geoturismo, além de incentivar a geoconservação, fortalecer a divulgação da geodiversidade e da cultura regional.

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