Durante todo o período monárquico, a perícia oficial era exclusividade dos médicos legistas. Com o surgimento do conceito de polícia científica entre o final do século XIX e início do século XX, novas funções e, consequentemente, novos especialistas foram exigidos no trato com as cenas de crime. Era preciso não só examinar o corpo da vítima, mas também utilizar modernas técnicas de investigação científica de objetos e vestígios. Nos primeiros anos do período republicano, ocorreu a separação de funções entre os especialistas em criminalística e os médicos legistas. Com isso, foram criados setores administrativos específicos, ligados à criminalística. Esse processo ocorreu de maneira semelhante nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e, provavelmente, o modelo gestado de organização e identidade da perícia criminal foi difundido para o país.