“…Por fim, assumindo que o próprio conceito de educação inclusiva e, sobretudo, a sua concretização são muito variáveis consoante os contextos, uma quinta linha de estudos, mais pragmática, tem procurado desenvolver indicadores que permitam analisar e comparar as mudanças produzidas no terreno, ao abrigo deste conceito (Ainscow & César, 2006). Esse desígnio tem passado por examinar as evoluções, em determinados territórios e períodos temporais, focando aspetos tais como as alterações legislativas (Pereira et al, 2018;Rodrigues & Nogueira, 2010), o financiamento dos sistemas (Johnstone et al, 2018), as lideranças (Neiva et al, 2017), as práticas e representações dos profissionais educativos (Alonso et al, 2015;Borges et al, 2017;Rodrigues & Ferreira, 2017;Sampaio & Morgado, 2015), as aprendizagens, atitudes e interações entre alunos (Dias et al, 2016;Haug, 2017). Nesta perspetiva, a questão central é compreender de que forma o conceito tem vindo a ser interpretado no quadro das políticas educativas e em que medida tem contribuído para reduzir as desigualdades e a exclusão.…”