A presente pesquisa parte do seguinte questionamento: por que as economias latino-americanas foram incapazes de superar determinados limites de desenvolvimento comparado às economias centrais durante toda sua história de integração ao capitalismo? Nossa hipótese vai no sentido da estruturalidade da condição subordinada e dependente da economia e da sociedade latino-americanas no interior do modo de produção capitalista. Incluímos modelo de sociedade de forma a abarcar a própria estruturação do trabalho e, portanto, das relações sociais na região, sob o molde de um regime de acumulação que pauta uma posição perpetuamente desigual e dependente na periferia do sistema. Buscamos demonstrar ainda que a acumulação violenta e saqueadora embasa a própria construção da infraestrutura capitalista na América Latina. E mais, que a violência e o saque não se diluem à medida que o regime de acumulação se sofistica. Pelo contrário, se aprofundam e se institucionalizam exponencialmente, tornando-se a égide do regime de acumulação na atual etapa imperialista, financeirizada e neoliberal de desenvolvimento do capitalismo. A pesquisa se estrutura metodologicamente por meio do materialismo histórico-dialético, à medida que utiliza do arcabouço teórico a respeito do capitalismo contemporâneo e da Teoria Marxista da Dependência para fazer apontamentos sobre a subordinação da região latino-americana.