“…Estes movimentos de organização e desorganização na estruturação das cidades se relaciona às crises do capital que, no âm-bito de suas reestruturações, criam spatial-fix 1 (HARVEY, 2001) como forma de superar as crises de sobreacumulação. Estas dinâmicas, além de mudarem a estrutura hierárquica e morfológica das cidades, atribuíram novos conteúdos sociais aos espaços e contribuíram para acentuar dinâmicas de diferenciação e desigualdade socioespacial (SPOSITO, SPOSITO, 2017). Conjugado à construção social de identidade dos sujeitos, os processos de diferenciação socioespacial influem nas distintas formas de "uso e apropriação" (SEABRA, 1996) 2 das cidades, assim como nas práticas espaciais -que englobam "a produção e a reprodução, e as localizações particulares e os conjuntos espaciais característicos de cada formação social'' (LEFEVBRE, 1994, p.324).…”