O presente estudo aborda a problemática da invisibilidade das mulheres na história oficial e a importância da Didática da História e da História Pública como ferramentas para reconstruir suas narrativas e promover a (re)existência diante dessa invisibilidade imposta. Por muito tempo, persistiu-se a subalternidade das mulheres na historiografia, mesmo quando desempenharam papéis fundamentais na sociedade. Sob esse viés, examina-se como a cultura androcêntrica e o machismo contribuíram para a exclusão das mulheres na história da educação no Brasil, perpetuando uma visão desigual de gênero. Além disso, explora-se a interseccionalidade como uma ferramenta crítica, revelando as múltiplas formas de opressão enfrentadas pelas mulheres, especialmente as mulheres negras. A pesquisa apresenta a História Pública como uma abordagem que vai além da mera transmissão de conhecimento, incentivando uma visão crítica e inclusiva da sociedade. Portanto, têm-se a necessidade de repensar o ensino de história, indo além da simples inclusão das mulheres, para promover uma compreensão mais ampla das relações de poder e da equidade de gênero. Enfatiza-se que a Didática da História pode ser uma força transformadora ao empoderar e desconstruir estereótipos de gênero. Essa abordagem não é apenas pedagógica, mas também social, contribuindo para uma sociedade mais diversa e igualitária. Conclui-se dessa forma que contar essa nova história é essencial para promover a (re)existência das mulheres, superar o racismo e o machismo, e garantir seu espaço digno na sociedade e na história como um todo.