Este estudo buscou verificar as principais manifestações clínicas apresentadas por pacientes portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) com diferentes graus de acúmulo esteatogênico acompanhados em dois centros ambulatoriais de Recife-PE. Estudo transversal, multicêntrico, de natureza quantitativa, realizado com indivíduos adultos diagnosticados com DHGNA via ultrassonografia. As variáveis coletadas foram: idade, gênero, grau de DHGNA, dados bioquímicos (TGO, TGP, GGT, FA, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos Glicemia em jejum,), pressão arterial e dados antropométricos (peso, altura, circunferência da cintura e índice de massa corporal). Foram revisados os prontuários e elencados as manifestações clinicas apresentadas. Para definir síndrome metabólica utilizou-se os critérios do NCEP-ATPIII e para definir obesidade os critérios da OMS e OPAS. As variáveis foram analisadas como frequências e associações por teste de inferência estatística. Foram selecionados 110 indivíduos, em sua maioria do sexo feminino (80,9%) e com menos de 60 anos. O grau de esteatose moderado foi prevalente na amostra. Das manifestações encontradas, a hipertensão arterial (80%), obesidade (73,6%) e síndrome metabólica (67,3%) foram as mais importantes. As médias de glicemia em jejum se associaram aos graus de esteatose (p=0.023), assim como o colesterol total (p=0.038). Inúmeras manifestações clinicas acham-se no escopo da DHGNA. Nesse estudo, a hipertensão arterial e obesidade foram as mais importantes. Ademais, um descontrole glicêmico tanto quanto maior aumenta com a gravidade da doença e, portanto, piora o prognóstico. Logo, evidencia-se a necessidade ações multidisciplinares promotoras de saúde ligadas a mudanças no estilo de vida.