A cromatização da arquitetura se dá de diferentes formas, variando de acordo com cada cultura, região e época, sendo especialmente definida pelos materiais empregados na construção. Esta pesquisa investiga o papel do revestimento de pastilhas em edifícios de múltiplos pavimentos, enquanto elemento cromático das fachadas. Este revestimento foi amplamente utilizado em São Paulo, no período em que a cidade se verticalizava, sendo empregado tanto por arquitetos renomados, quanto, pelo mercado imobiliário. Assim, foi objetivo deste estudo coletar, sistematizar e documentar dados provenientes de levantamentos cromáticos realizados nas fachadas e áreas comuns de edifícios residenciais, tendo em vista a investigação da função da cor, enquanto componente do projeto arquitetônico. O recorte metodológico proposto foi o bairro de Higienópolis, nas décadas de 1940 e 1950. Para isso, foram selecionados três estudos de caso: o Ed. Prudência (1944), de Rino Levi; o Ed. Louveira (1946), de Vilanova Artigas; e o Ed. Parque das Hortênsias (1951), de Artacho Jurado. Este estudo se justifica por sua contribuição para a historiografia da Arquitetura Moderna, ao explorar a temática da materialidade e da função da cor no projeto de arquitetura. A metodologia aplicada nas análises arquitetônicas se respalda nas propostas de Afonso (2019), já os registros, sistematização e produção das fichas cromáticas se basearam nos levantamentos de Balieiro (2020). O referencial teórico se apoia na produção de autores que tratam do tema, cor