Arqueologias de futuros e presentes emergentes

Abstract

Este artigo traça a genealogia do subcampo que ficou conhecido como “arqueologia do passado contemporâneo” e argumenta por sua maior integração com o campo expandido da arqueologia histórica. Um dos desafios centrais da arqueologia nas próximas décadas será encontrar um modo de se engajar com fenômenos emergentes, contemporâneos e sócio materiais e, consequentemente, com questões – tanto contemporâneas quanto futuras – de interesse ecológico, social, político e econômico. Partindo do quadro de um novo projeto de pesquisa interdisciplinar, colaborativo e internacional – Futuros do Patrimônio – que procura compreender os processos material-discursivos do patrimônio e de outros campos similares como formas distintivas de práticas de construção de futuros (future-assembling) através da aplicação de um conjunto de métodos arqueológicos etnográficos, o artigo conclui que o potencial para um campo expandido da arqueologia histórica reside na sua habilidade de engajar-se com futuros emergentes através de arqueologias etnográficas que estejam sintonizadas com aspectos sociomateriais dessas (e de outras) práticas de construção de futuros (future-assembling).

Metodologías para una conservación preventiva participativa en Arqueología

“…Cuando hablamos de espacios patrimoniales nos referimos a espacios que propicien el significado común actual del mismo, alejando al elemento arqueológico de una época concreta (la de su construcción) y de un uso concreto (por un grupo de gente determinada), poniendo en valor el papel que desarrolla en la actualidad, de forma multitemporal (Hamilakis, 2011;Harrison & Cabral, 2019;Low, 2014;Salerno & Zarankin, 2015;Smith, 2014). Pero ese espacio, es en nuestro caso un espacio urbano abierto, por ende, público.…”

Towards an archaeology of rubber

“…The "archaeology of the contemporary past" is a field that argues for the greater integration of historical archaeology and its expansion through social, political, economic, and ecological concerns toward emerging futures and pasts (Harrison, Cabral, 2019). Thus, the archaeology of the contemporary is a field which has discussed both the objects of the past in the present and the contemporary itself, as one of the fields of archaeologyunderstood here as the science of materiality studies.…”

“…An archaeology without time limits, multitemporal, participatory and public, political, creative, with its own rhetoric, which claims materiality on an equal ground among other sciences, also has a global and essentially theoretical characteristic: these are some of the critical elements for making the discipline more scientifically and socially relevant (González-Ruibal, 2012). In the same way that there are different engagements of archaeology with the present, not only are there are several pasts that different archaeologies produce, but several possible futures (Harrison, Cabral, 2019). In this way, heritage can be understood as practices that create futures (Harrison, Desilvey, et al, 2020).…”

Grades para o eu, grades para o que me tornam

“…O debate sobre a legitimidade da abordagem arqueológica para o estudo do tempo presente e da sua importância para a disciplina e para a comunidade não arqueológica ganhou espaço de forma discreta mundo afora desde a década de 1970, ao flexibilizar fronteiras entre arqueologia, antropologia, sociologia, história contemporânea, história da arte, história da arquitetura, estudos de cultura material e estudos de tecnologia (González-Ruibal, 2008; com projetos liderados pelos arqueólogos Michael Schiffer, Richard Gould e William Laurens Rathje nos Estados Unidos (Buchli & Lucas, 2001;González-Ruibal, 2008Harrison & Breithoff, 2017;Harrison, 2018).…”

“…Nada do que se propõe neste texto, pois, e o que me propus nesta pesquisa são novidades, reconheço. Fazer arqueologia do presente tem seu espaço, ainda que tímido, entre a comunidade acadêmica desde a década de 1960, em especial 1970 (Buchli & Lucas, 2001;Funari, 1999Funari, , 2003González-Ruibal, 2008Harrison, 2018;Harrison & Breithoff, 2017;Mega et al, 2014;Thiesen, 2013).…”