Tenho muito a agradecer, pois nunca trabalhamos sozinhos, sem a parceria direta ou indireta das pessoas com as quais convivemos não chegamos à lugar algum, não aprendemos, não evoluímos e não preenchemos nossas vidas de momentos felizes. Agradeço primeiramente à Deus pela oportunidade de mais um ciclo de aprendizado, com toda a sua proteção e generosidade. Aos queridos amigos espirituais, meus companheiros de jornada que me intuíram, me guiaram, me consolaram nos momentos de abatimento e cansaço extremo e também vibraram junto comigo nos momentos de alegria e sucesso. Agradeço ainda à Deus por ter colocado no meu caminho tantas pessoas especiais que trouxeram seus sorrisos, seus abraços, suas experiências e também seus problemas para que me dessem a oportunidade de ajudar e crescer. De todas essas pessoas, quero encabeçar a lista pelo ser humano que mais me toca o coração quando penso em gratidão, meu pai, Almério de Castro Gomes. Neste momento peço licença para quebrar o protocolo nesta parte do trabalho ao me referir à ele. Meu pai, não sei se conseguirei achar palavras para defini-lo ou mesmo demonstrar quão profundo é o meu amor por ele e minha gratidão, mas posso tentar começar dizendo que sou hoje o fruto de tudo o que ele me ensinou. Moço pobre, vindo do Piauí para estudar no Rio de Janeiro, se formou em Farmácia e começou sua vida firmando uma sociedade de um laboratório de Análises Clínicas em Londrina-PR, onde nasci, mas se apaixonou pela vida acadêmica e logo veio se aventurar na dura e competitiva São Paulo da década de setenta/oitenta (porém ainda menos do que hoje...). Ás custas de muita luta, venceu todos os preconceitos, as adversidades e se impôs pela sua competência e seu brilhantismo. Trilhou com fervor e idealismo a difícil vida acadêmica e chegou ao patamar maior que um professor universitário almeja em sua carreira. Tornou-se Professor Titular da área de Entomologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, teve um mosquito batizado com seu nome, foi referência em doenças tropicais no Brasil, disputado e homenageado por centenas de vezes. Contudo, nada disso adiantaria se ele não carregasse consigo a simplicidade e a alegria que lhe eram tão notáveis e encantadoras. A vida para ele era simples como fazer tapioca (que ele fazia incomparavelmente) e pura alegria como um bom arrasta pé no chão do Piauí. Como pai, foi perfeito, presente mesmo distante devido às muitas viagens, incentivador, apoiador incondicional, digo que comprava todas as minhas idéias (mesmo as mais malucas... sem reclamar um só instante). Vibrava com a nossa alegria, era um porto seguro, uma fortaleza, um pai que eu sempre soube que poderia contar à despeito de qualquer distância ou entrave. De poucas palavras, muitas vezes, mas de muitos ensinamentos, pois não dizem À minha outra filhinha, amada Andreinha! Uma filha que chegou para mim com 18 anos (pulando as etapas mais árduas da maternidade... ufa!) e que mais cuidou de mim do que eu cuidei dela, foi meu braço direito e esquerdo no laboratório. Alegre, engraçada, espirituosa,...