“…Sem nunca abandonar a linhagem como identidade do grupo, inclusive levava consigo uma urna funerária com os ossos de seus antepassados, Njinga também adotou os preceitos e as interdições da ijila ( Heywood, 2019 , p.125-128, 197-227; Souza, 2018 , p.110-114, 128-130). Entre todos os líderes locais, ela ocupou papel especial pela resistência que manteve no interior, entre o Ndongo e Matamba, “passando a viver conforme as leis kijila e junt[ando] em torno de si os que resistiam à conquista portuguesa”, fossem jagas ou ambundos e, de fato, “ser jaga não eliminava uma possível origem étnica ambunda” ( Souza, 2018 , p.128, 152). O que se observa é que, para os colonizadores, os jaga e a ijila se tornaram associados à antropofagia, à selvageria e à barbárie, e eram atributos conferidos à rainha e a seus súditos.…”