O sisal é uma cultura de grande importância socioeconômica para a Bahia, contudo, ainda pouco estudada, tornando-se necessárias pesquisas que apontem alternativas tecnológicas para a produção de mudas com boa qualidade fitossanitária e nutricional. O aproveitamento do resíduo gerado do desfibramento das folhas é uma alternativa viável para adubação dos plantios. O presente trabalho avaliou o potencial agrícola de um composto produzido com diferentes proporções de resíduo de sisal, farinha de rocha e esterco no crescimento e nutrição de mudas de sisal. O experimento foi conduzido em delineamento de bloco casualizado, esquema fatorial 2 x 5 x 5, sendo 2 solos, 5 compostos organominerais e 5 doses (0, 10, 20, 30 e 50 t/ha), com quatro repetições. Não foi possível definir a melhor dose a ser aplicada dos compostos, entretanto, estes foram superiores ao tratamento controle (dose zero) favorecendo o crescimento das mudas. Os compostos C1 com 10% esterco+ 10% farinha de rocha + 80% resíduo de sisal e C5 com 20% esterco + 20% farinha de rocha + 60% resíduo de sisal promoveram aumento de até 253,2% e 87,5% nos teores de N e P em comparação aos demais compostos no solo argiloso. No solo arenoso, o composto C9 (30% esterco + 30% farinha de rocha + 40% resíduo) destacou-se favorecendo a absorção dos nutrientes N e P nas mudas de sisal. Fatores como tipo e grau de fertilidade do solo, ciclo vegetativo da cultura, bem como, material a ser utilizado devem ser considerados no preparo do composto organomineral.