Aprendizes de si: percursos para sentir/pensar as artes e as culturas silenciadas

Abstract

A formação universitária pode possibilitar caminhos menos coloniais de ensino e aprendizagem, desde que a natureza plural da sua própria comunidade seja reconhecidamente considerada em seus processos formativos e nas tomadas de decisões institucionais, sendo, desse modo, uma instituição educativa que não se enclausure no colonialismo separatista, discriminatório, distanciador dos sujeitos que dela fazem parte. O corpo, por vezes, negado/oprimido em função da sua cor; da sua nacionalidade; da sua “classe social”, da sua cultura, resiste pela afirmação daquilo que coletivamente foi instituído como sendo sua identidade; seus processos identitários, sua africanidade. Nesse contexto, a arte, pode se tornar um elemento agregador do processo de luta e afirmação. Este estudo fenomenológico, portanto, tem como objetivo enfatizar a força das africanidades, do corpo e de algumas expressões artísticas afro-brasileiras como práticas decoloniais possíveis de ser trabalhadas no ensino superior. A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica bem como uma exposição do acervo da autora a fim de apresentar experiências com as africanidades. Como resultado, aponta que docentes tomem também para si a responsabilidade de repensar suas práticas acadêmicas a partir da diversidade e das idiossincrasias dos sujeitos que a integram, na perspectiva de contribuírem para a constituição de uma universidade pluriversitária.

O ensino da arte para a educação inclusiva na Revista Educação, Artes e Inclusão entre os anos 2010 e 2020: um estado do conhecimento

“…E, para tal, uma das importantes ações é a formação docente e continuada, a qual deve se fazer anterior à sua urgência, como apontam Glat e Pletsch (2013): oferecidos e adquiridos durante as práticas reflexivas em constante educação estética. A esse respeito, Salomé e Mendes(2020) afirmam:…”

“…As práticas pedagógicas -como acolhimento, socialização,interdisciplinaridade -oportunizam um melhor entendimento sobre o vivido, trazendo reflexões sobre o fazer artístico e a sua plasticidade para avançar sobre as diversidades humanas. O fazer sensível de um olhar mais acolhedor e menos desigual entre os educadores e os educandos sobre o respeito às habilidades do outro, é o que tornou possível as conexões entre o visível e aquilo que não é visível, perceptível aos olhos daquele que não vê.A autora Teodora de Araújo Alves, em seu artigo intitulado Aprendizes de Si: Percursos para Sentir/Pensar as Artes e as Culturas Silenciadas(2020), aponta demandas desafiadoras sobre tal tema. Narrativas vindas de muito longe, por autores que buscavam ornar o texto, dialogam com as reflexões.…”