Esse ensaio investigou a concepção epistêmica da psique aristotélica em contraponto a visão de Descartes na Modernidade para fomentar uma superação dos projetos psicológicos modernos que partiam em sua grande maioria do projeto cartesiano, no qual a psique é compreendida como consciência. Essa matriz cartesiana tem demarcado um modo de se fazer e de se pensar o fenômeno psicológico de forma dicotômica, separando mente e corpo, assim como tornando o fenômeno psicológico um ente naturalizado e universal. Nesse sentido, a concepção de psique Aristotélica pode trazer um contraponto a essas escolas psicológicas de base cartesiana, pois, concebem o psiquismo, não como consciência, mas como vida, sendo que um dos momentos da vida é a consciência, mas não o único, como ocorre com a visão cartesiana.